Prima de craque croata mora no Brasil e quer encontrá-lo no Itaquerão
Luis Augusto Simon
Do UOL, em São Paulo
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Luís Augusto Simon/UOL
12.06.14 - Iva Modric chega ao Itaquerão para acompanhar Brasil x Croácia
Iva é um nome comum na Croácia. Modric também é um sobrenome usual. "É como se eu me chamasse Maria da Silva", explica uma Iva Modric bem rara. É a única prima do jogador do Real Madrid e da seleção da Croácia. "Meu avô era irmão do avô dele".
Orgulhosa, ela mostra a camisa autografada pelo primo, no ano passado, e pede ajuda para encontrar-se com ele após a partida.
Iva mora no Brasil há três anos. É casada com José Vieira Jr. E ele rodou o mundo antes de encontrá-la. "Meu pai deixou o Brasil quando o Collor acabou com a poupança. Foi para Angola e depois a África do Sul. Vivi 12 anos com ele".
Depois, através de um convênio, foi estudar medicina em Zagreb, na Croácia. Lá, encantou-se com a economista Iva.
Como foi o primeiro encontro?
"Foi maravilhoso, ela se apaixonou", diz ele.
"Foi horroroso. Ele se aproximou e ficava falando que era brasileiro, repetia isso a todo momento. Parece que eu tinha de namorar com ele só porque é brasileiro", explica Iva, diante do riso envergonhado do maridão.
E quem não lista a persistência entre as principais características do brasileiro, vai se surpreender. "Foi na raça, amigo. Fiquei em cima, ligava, mandava flores. Em um mês eu já estava na casa dela".
"Mentira de novo. Demorou quatro meses par ira lá em casa. Ia dizer o que para minha mãe, que ele era brasileiro, só isso? Ele pensa que essa palavra abre portas", afirmou.
Abriu. Estão vivendo há três anos no Brasil. Iva trabalha em uma empresa de computação e José ainda não consegui validar seu diploma de medicina.
O primeiro dia de festas do casal não foi hoje. "Foi no sorteio", diz Iva. "Fiz muita mandinga para que a Croácia enfrentasse o Brasil. Quando o sorteio mostrou isso, comemorei muito, demos muitos pulos".
Mandinga é uma palavra estranha vinda de uma croata. Iva ri e diz que é meio brasileira. "Adoro pagode, feijoada e caipirinha".
O ingresso foi conseguido através de fóruns da internet. "A torcida croata tinha sobrando e consegui comprar. Eu me considero meio croata e estou torcendo para ter um empate", diz José.
Iva, que adora caipirinha, feijoada e pagode nem pensa duas vezes. "Sou croata, vamos ganhar de dois a zero e meu primo vai fazer um gol".