A presença de cinco mil pessoas em um treino aberto, no estádio Independência, e as vigílias diárias na Cidade do Galo, em Vespasiano, surpreenderam a seleção da Argentina. Os jogadores hermanos disseram que a receptividade no Brasil foi além do esperado, levando em conta a rivalidade histórica entre os dois países dentro de campo.

Em uma tentativa de explicar a onda gringa que tomou conta de Belo Horizonte e arredores, os atletas argentinos citaram o óbvio: Lionel Messi. A presença do camisa 10 é o argumento para ver tantos brasileiros vibrando com o azul e branco.

"Surpreende pela rivalidade, mas com os jogadores que temos no grupo é até normal que a torcida sinta um carinho especial", disse Lucas Biglia em entrevista coletiva concedida nesta quinta-feira (12).

Na quarta-feira, no estádio Independência, a recepção calorosa saiu de controle. Mais de 10 pessoas invadiram o gramado e correram em direção aos jogadores comandados por Alejandro Sabella. Alguns ganharam camisas e outros furtaram materiais esportivos.

"Vimos no treinamento lá (no Independência) como é. As pessoas fazendo de tudo para chegar perto dele (Messi). A gente sabe que a rivalidade existe, uma coisa entre Brasil e Argentina. Mas a recepção foi muito boa e temos que agradecer mesmo", comentou Ezequiel Garay.

Mesmo confinados na Cidade do Galo os jogadores sentem as demonstrações de carinho da torcida brasileira. Diversos carros passam pela MG-424, bem em frente ao QG hermano, buzinando e gritando palavras de incentivo.

No portão do local também sempre existe um grupo de pessoas com camisas albiceleste. E com muitos brasileiros entre eles, esperando um aceno ou simplesmente uma foto de longe. 

Os argentinos estreiam na Copa do Mundo no domingo, contra a Bósnia-Herzegovina, no Maracanã. Nesta sexta-feira pela manhã a equipe realiza o último treino em Minas Gerais antes a viagem para o Rio de Janeiro.