Aeroporto fecha no Rio e estrangeiros reclamam da falta de informações
Gustavo Franceschini
Do UOL, no Rio de Janeiro
O aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, amanheceu fechado por mau tempo nesta quarta-feira (11), depois de uma noite de muita chuva na cidade. Presos no local, estrangeiros que estão no país para assistir à Copa do Mundo reclamaram da falta de informações.
"Eu sou croata, moro na Alemanha e nunca tinha visto isso. Não mostram as informações do meu voo no painel, eu tenho de ir saber direto no balcão", disse Dario Babic, que depois de esperar uma hora para embarcar para São Paulo decidiu relaxar e abriu uma cerveja com um grupo de amigos.
O problema do croata foi o de outras dezenas de passageiros do Santos Dumont nesta quarta. O aeroporto permaneceu fechado para pousos e decolagens até as 8h30, o que atrasou toda a programação. Voos de diversas companhias atrasaram ou foram cancelados, exigindo remanejamentos para aeroportos mais distantes como o Galeão, no próprio Rio de Janeiro, ou Campinas, alternativa para quem desceria em São Paulo.
A falta de informações a que se referiu Babic atrapalhou até os brasileiros. Conforme o tempo foi passando, os painéis se referiam apenas àqueles voos que ainda estavam corretamente programados. Avisos sobre decolagens atrasadas ou canceladas eram feitas apenas nos balcões das companhias, nem sempre de forma muito didática.
"Eu pedi ajuda porque meu voo ainda não estava na tela, mas me disseram que eu teria de ouvir pelo sistema de som. Nem os brasileiros conseguem entender o que eles falam, como eu conseguiria? E os atendentes não falam inglês ou falam espanhol muito mal", disse Lowry Doren, chileno que está fazendo intercâmbio no Rio há seis meses e viaja para Cuiabá para acompanhar a seleção de seu país.
Os passageiros chegaram a esperar até cinco horas. Foi o caso do americano Gianni Assani, que estava a caminho de São Paulo com uma camisa da França. "Minha família é francesa, mas eu estou aqui para acompanhar Colômbia x Costa do Marfim e Suíça x Equador. Para nós, americanos, é fácil fazer conexões com vários países, então eu torço para muitas seleções", disse ele.
Sobrou até para os brasileiros, lógico. A reportagem, que também sofreu com os atrasos, diga-se, encontrou o atacante Willian, do Cruzeiro, na área e embarque. "Eu desci aqui com meia hora de atraso e agora vou para São Paulo. Espero que tudo seja tranquilo, disse o jogador.