Em março, a prefeitura de Salvador chegou a anunciar o Carnaval da Copa, que seria realizado nos dias 14 e 15 de junho. A ideia era vender para o mundo a principal festa da cidade como um produto turístico. Porém, a falta de patrocinadores acabou inviabilizando a ideia.

 

Nesta semana, a prefeitura informou que as empresas parceiras da Copa do Mundo não mostraram interesse em patrocinar o Carnaval fora de época. Entre as justificativas estava a de um possível embate jurídico com a Fifa, já que o Carnaval não seria um evento oficial.

 

Outro problema seria a pouca visibilidade, já que a imprensa mundial estaria dando plena cobertura aos 64 jogos da Copa do Mundo que serão realizados entre 12 de junho e 13 de julho.

 

A ideia era fazer um Carnaval aberto ao público, sem cordas, o que só seria viabilizado por meio dos patrocinadores. Houve ainda uma tentativa - dos representantes dos trios - de fazer o Carnaval com a venda de abadás, o que não foi aceito pela prefeitura, já que o modelo está em decadência justamente por conta da segregação em  uma festa popular.

 

No mês passado, inclusive, a Fan Fest esteve ameaçada, depois de uma ação do Ministério Público da Bahia que proibia o uso de dinheiro público para a realização do evento.

 

O custo da festa total da festa deverá ficar em torno dos R$ 6 milhões e será bancado pela iniciativa privada. Serão pelo menos trinta atrações. A sambista Ju Moraes toca no primeiro dia da Copa, data da partida entre Brasil e Croácia, em São Paulo.

 

A programação vai contar com a percussão de blocos tradicionais, como o Olodum, Ilê Aiyê, Comanches do Pelô, Apaches do Tororó, Muzenza, Malê de Balê, Quabales e Didá, que irão representar a identidade cultural da capital baiana. Carlinhos Brown também tem presença confirmada.