Brasil chega à Copa mais saudável que concorrentes ao título
Gustavo Franceschini, Paulo Passos, Pedro Ivo Almeida e Ricardo Perrone
Do UOL, em Teresópolis (RJ)
Tranquilo, o departamento médico da seleção brasileira foi categórico em entrevista coletiva no início da tarde da última quarta-feira: no momento, nenhum jogador do grupo corre risco de ficar fora da Copa do Mundo por lesão. E o clima de serenidade tem motivo. Entre as favoritas, o Brasil é uma das raras seleções a não enfrentar este tipo de dor de cabeça às vésperas do Mundial.
Ao lado da tetracampeã Itália, a equipe de Felipão respira aliviada ao espantar, ao menos momentaneamente, um fantasma que já assombrou a equipe durante muitas Copas. Apenas nos Mundiais de 1990, na Itália, e 2010, na África do Sul, a seleção não teve cortes na lista divulgada inicialmente e chegou de maneira tão "saudável" para o torneio.
Oscar, Maicon e Jô, que tiveram problemas recentemente, treinaram normalmente com os companheiros na quarta e reforçaram o discurso do departamento médico. Jogadores poupados podem ser uma rotina nos treinos que serão realizados, mas não assustam a comissão por enquanto, mostrando uma realidade diferente de outras seleções.
"Estão todos bem e com saúde. Claro que há um desgaste natural, mas não lesão que preocupe. No momento nenhum atleta tem chance de corte nem perspectiva de lesão que possa comprometer para um futuro corte", explicou o médico da seleção José Luiz Runco.
Enquanto isso, Espanha, Alemanha, França, Holanda, Inglaterra, Bélgica e Colômbia já tiveram problemas de lesão com jogadores que seriam convocados para a Copa do Mundo. Do outro lado, Uruguai, Argentina e Portugal, por mais que não tenham feio cortes, têm pelo menos uma grande preocupação para os jogos que começam em 15 dias.
Os dois principais casos envolvem o atacante uruguaio Luis Suárez e o colombiano Falcão García. Enquanto o primeiro garante que estará à disposição da Celeste após uma cirurgia no joelho, o segundo ainda mantém a cautela e tenta se recuperar de uma grave lesão no local ocorrida em janeiro.
Entre os já cortados da Copa, chamam a atenção os nomes de Thiago Alcântara, da Espanha, Van der Vaart e Stootman, da Holanda, Theo Walcott, da Inglaterra, e Lars Bender, da Alemanha.
A sorte fora dos campos de 1990 e 2010 acompanha o time de Felipão por enquanto. A missão agora é não repetir o fracasso destes anos e tirar vantagem da saúde do grupo nos gramados.