Trabalhadores usam Copa como refém para reclamar ganhos salariais
Vagner Magalhães
Do UOL, em São Paulo
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Vagner Magalhães/UOL
Faixa em protesto contra a Copa do Mundo lembra a possibilidade de greves durante o Mundial
A tática é antiga e está sempre em pauta às vésperas de grandes eventos. Em busca de visibilidade para as suas causas, trabalhadores de setores estratégicos endurecem as negociações. Às vésperas da Copa do Mundo no Brasil, algumas greves já começaram a pipocar. E entre os argumentos nas negociações, é comum ouvir o "se há dinheiro para investir na Copa do Mundo, tem de haver para nós também". O mesmo aconteceu em edições anteriores, como na África do Sul, Alemanha e Japão-Coréia do Sul.
Saiba quem já cruzou os braços e quem promete parar durante a Copa:
1 - Motoristas de ônibus
São Paulo viveu na semana passada uma paralisação de parte dos motoristas de ônibus da capital. Apesar de o reajuste de 10% negociado com a categoria ter sido fechado com o sindicato dos trabalhadores, um grupo dissidente resolveu comprar a briga. O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) julgou a greve abusiva e os sindicatos das empresas e dos motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo foram condenados a pagar multa de R$ 200 mil. A greve afetou a população nos dias 20 e 21 de maio. Nas discussões no Tribunal Regional do Trabalho, a Copa foi citada como motivo para uma melhor remuneração dos trabalhadores. Em Salvador, uma paralisação foi iniciada nesta terça-feira, dia 27. O Rio de Janeiro tem greve nesta quarta-feira.