Messi é apontado como pivô da exclusão de Tevez na Copa
Eduardo Castiglione
Do Clarin
Mas não há dúvidas de que o treinador estaria em sérias dificuldades para argumentar sua decisão em termos esportivos.
Os números de Tevez na temporada do futebol italiano, onde terminou campeão com a Juventus e incrustado na alma dos torcedores da Vecchia Signora, não admitem discussões: com a 10, o ex-atacante do Boca fez 21 gols em 47 jogos (incluem suas presenças em competições internacionais).
Tevez está na plenitude - fez 30 anos - de sua carreira. Enquanto transita, simultaneamente, a maturidade de um atacante com poder de gol, sempre astuto para escolher se convém estar dentro ou fora da área e com suficiente várzea para escolher quando sair da disposição tática para aproveitar os 70 metros de comprimento do campo.
Então, por que ele não está? Porque certas atitudes suas, durante a Copa América que foi disputada na Argentina, quando o treinador era Sergio Batista, fizeram com que vários históricos da Seleção não gostassem dele. E dentre eles está Messi, claro, embora publicamente digam que não há problemas.
Dizem que ele é difícil quando está no banco. Em voz baixa afirmam que seu aborrecimento na adversidade complica a convivência. Que em determinadas questões, o que ele tira é mais do que dá ao grupo. Além disso, para o staff técnico não passaram inadvertidas as imagens da passada Copa da África do Sul: Maradona o colocou como titular porque pensou que unindo-o a Messi e a Higuaín formaria um tridente imbatível, mas a conclusão foi que ele embolou talento e sobrepôs funções. E como esta Seleção está montada em torno da jóia do Barcelona, não há espaço nem para a mínima sombra.
Enquanto isso, as pessoas têm se expressado de forma indiscutível. Uma pesquisa disparada por Clarin.com deu como resultado que quase 73 por cento dos votantes não concorda que Carlitos fique fora da Seleção. E em Fuerte Apache, bairro onde nasceu e se criou, muitos moradores expressaram seu desacordo com a decisão de Sabella.