Estados Unidos, México e Canadá têm interesse em Copa de 2026
Do UOL, em São Paulo
O presidente da Concacaf, Jeffrey Webb, reclamou que as Américas do Norte e Central perderam o direito de sediar a Copa do Mundo depois do Brasil, em 2018 e 2022. Ele quer, agora, que a região receba o torneio em 2026. Estados Unidos, México e Canadá já manifestaram interesse em receber o evento.
A Fifa vinha fazendo uma política de rodízio da competição por todos os continentes. Em 2002, fez na Ásia, depois Europa e África, e em 2014, na América do Sul.
A próxima região seria a da Concacaf, mas a entidade desistiu de seguir com a política, devido às poucas opções oferecidas na América do Sul. Para 2018, a Rússia foi escolhida como sede, e o Qatar para 2022.
Agora, a Concacaf tenta voltar a fazer o torneio. Se der certo, serão 32 anos desde a última vez em que a América do Norte sediou a Copa, em 1994, nos Estados Unidos.
"Da perspectiva da Concacaf, nosso foco é 2026. Nós estamos comprometidos com isso", disse Webb a jornalistas nesta terça-feira (13).
"Quando o rodízio parou, obviamente fomos os mais impactados", prosseguiu. Mesmo sem a política de rotação vigente para a escolha de 2014, a Fifa mantém uma regra que impede que países dos continentes que receberam as duas últimas Copas recebam o torneio.
Assim, Ásia (que recebe a Copa 2022) e Europa (2018) não podem sediar a Copa 2026. A disputa deve ficar, então, entre as confederações da América do Sul, África, Oceania e a Concacaf.
Apesar de os três maiores países da confederação terem demonstrado interesse em receber a Copa, a confederação deve escolher só um desses países para disputar a sede.
"A Concacaf tem 35 votos e claro que se dividirmos os votos entre nós estaremos frustrando nossos propósitos", disse Webb.
O presidente não afastou, porém, a possibilidade de uma candidatura conjunta entre dois países.
"A Fifa já fez isso em 2002, e a experiência não foi tão bem assim. Pela minha memória foi um pesadelo logístico, mas definitivamente é uma possibilidade", disse o presidente da Concacaf.