Argentina libera dados pessoais de barra-bravas que quiserem viajar à Copa

Da AFP

Em Buenos Aires (Argentina)

Os "barra-bravas", integrantes de torcidas organizadas da Argentina, poderão ter seus dados pessoais revelados, inclusive à Interpol, o que pode impedi-los de viajar ao Brasil durante a Copa do Mundo. Uma ONG que representa os torcedores afirmou que vai recorrer da decisão judicial.

A juíza Cecilia Gilardi Madariaga aceitou a apelação do governo nesta terça-feira (22) e anulou uma decisão contrária da semana passada, além de rejeitar o recurso de um torcedor que quer impedir que seus dados pessoais sejam revelados às autoridades brasileiras antes da Copa.

Na última quarta-feira, outra decisão judicial tinha justamente impedido as autoridades argentinas de revelar esses dados.

"É o segundo round, como se fosse uma luta de boxe. Vamos recorrer", disse à AFP Débora Hambo, advogada da ONG Torcedores Unidos Argentinos (HUA), deixando claro que o caso está longe de ser encerrado.

Cerca de 650 membros da HUA, que reúne 38 torcidas organizadas, pretendem viajar ao Brasil durante a Copa, e 20 deles pretendem evitar que seus dados sejam revelados por meio de ações judiciais.

"São pessoas que já foram envolvidas em casos penais ou de violência nos estádios de futebol", admitiu a advogada, embora continue alegando que seus clientes estão sendo vítimas de "perseguição política".

Durante a última Copa do Mundo, disputada na África do Sul, um torcedor argentino morreu na Cidade do Cabo durante uma briga entre barra-bravas, antes da partida das quartas de final entre Alemanha e Argentina, que terminou com a vitória dos europeus por 4 a 0.

Cerca de 30 integrantes de grupos violentos argentinos foram presos e expulsos da África durante aquele Mundial e outros 30 desistiram de embarcar para o país para evitar maiores problemas com as autoridades locais.

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