* Atualizado às 21h21

Em 15 dias, as manifestações em São Paulo contra a realização da Copa do Mundo de 2014 perderam metade do tamanho. A cidade teve um protesto nesta quinta-feira, com participação de cerca de mil pessoas – estimativa feita pela Polícia Militar.

A manifestação foi a quarta contra a Copa realizada em São Paulo neste ano. No protesto anterior, no dia 13 de março, mais de 1500 pessoas haviam comparecido.

Nesta quinta-feira, o mote da manifestação foi "Se não houver direitos, não vai ter Copa". Os manifestantes se reuniram na Praça do Ciclista, na Avenida Paulista, e começaram a percorrer a via no sentido Paraíso.

No início do protesto, gritos contra a Copa do Mundo dividiram espaço com cânticos direcionados à Polícia Militar. Manifestantes reclamaram de truculência e violência dos oficiais em protestos anteriores.

Na manifestação do dia 13 de março, por exemplo, cinco pessoas foram detidas. A Paulista ficou inteiramente bloqueada por uma hora, e houve conflito entre policiais e participantes do protesto.

O clima desta quinta-feira é mais ameno até o momento. Manifestantes já chegaram ao cruzamento da Paulista com a Brigadeiro Luis Antonio, e policiais militares fazem um cordão de isolamento para o protesto.

Inicialmente, o protesto havia fechado apenas o sentido Paraíso da Avenida Paulista. Na altura do cruzamento com a Brigadeiro Luis Antonio, porém, a pista foi tomada nas duas direções. Manifestantes viraram à esquerda e desceram a via em direção ao centro da cidade.

Os manifestantes deixaram a Brigadeiro Luis Antonio e viraram na rua Dona Maria Paula. Com gritos de "Não vai ter Copa", o grupo passou pela Câmara Municipal e seguiu em direção à Praça da República, onde o protesto foi encerrado. Durante todo  o percurso, teve clima pacífico.

O número de policiais, aliás, também foi reduzido de um protesto para outro. A manifestação do dia 13 teve um efetivo de 2.200 oficiais, mas nesta quinta-feira há apenas 1.300.