O ex-presidente do Corinthians ,Andrés Sanchez, responsável pela negociação da obra do estádio de Itaquera, afirmou neste sábado que o clube irá bancar as estruturas temporárias exigidas pela Fifa para a abertura da Copa do Mundo. Segundo o dirigente, o custo é de aproximadamente R$ 60 milhões.

"É o Corinthians que vai pagar. Estamos buscando parceiros na iniciativa privada para fechar a conta. Perto do valor que era já diminuiu. Não sei o valor porque não veio o orçamento ainda, mas não passa de R$ 60 milhões", disse o dirigente.

O Corinthians chegou a negociar com a Prefeitura e o Governo do Estado para que o poder público ajudasse a financiar as estruturas temporárias, que são tendas de patrocinadores da Fifa e outras instalações ao redor do estádio. No entanto, as autoridades não aceitaram pagar e não houve acordo.

O Corinthians ainda espera a aprovação do financiamento do BNDES, de R$ 400 milhões, que bancará quase metade da obra do estádio. O dinheiro ainda não foi liberado. Por isso, o estádio já acumula uma dívida de R$ 100 milhões em juros, por empréstimos bancários. Os dirigentes corintianos negam que isso atrapalhará as contas do clube no futuro.

"Atrapalha o Corinthians ter que pagar mais juros. Está em torno dos R$ 100 milhões já. Alguns órgãos de imprensa estão preocupados se o Corinthians não vai pagar. Não precisa se preocupar não, o Corinthians vai pagar", afirmou Andrés.

 

O Itaquerão tem entrega das obras prevista para o dia 15 de abril. A partir desta data, o clube, com aval da Fifa, organizará eventos-testes antes da Copa do Mundo. O estádio do Corinthians receberá o jogo de abertura do torneio, no dia 12 de junho, entre Brasil e Croácia.