Deputados russos imitam americanos e pedem que EUA fiquem fora da Copa

Das agências internacionais

De Moscou (Rússia)

Quatro dias após dois senadores americanos escreverem carta para a Fifa pedindo que a Rússia seja excluída da Copa do Mundo de 2014 em razão da intervenção militar na Ucrânia, dois políticos russos "imitaram" a ação e criaram petição pedindo a exclusão dos EUA do Mundial.

Mikhail Markelov e Aleksandr Sidyakin, dois deputados russos da casa de menor representatividade no parlamento do país, justificam o pedido citando as ações militares dos EUA na antiga Iugoslávia, no Iraque e na Líbia, além da tentativa de ação na Síria atual, como motivos para o banimento.

"É olho por olho, bola por bola. Não deixem os EUA participarem da Copa do Mundo. Tiram eles da Fifa", publicou no Twitter o deputado Sidyakin.

No caso inverso, os senadores americanos Mark Kirk e Dan Coats enviaram carta à Fifa alegando que a Rússia "tem desrespeitado os princípios fundamentais da entidade e das leis internacionais, e não merecem a honra nem de sediar uma Copa nem de participar de uma."

Na carta, são citados trechos de estatutos da Fifa que abordam a discriminação contra qualquer país baseada em política ou etnias. A Fifa não respondeu ao pedido.

Crise na Ucrânia e o envolvimento russo

Após confrontos derrubarem o presidente ucraniano Viktor Yanukovich, a Rússia interviu militarmente no país e passou a controlar a península da Crimeia, de maioria étnica e língua russa desde o dia 28 de fevereiro.

A Crimeia, que abriga a frota russa no mar Negro, foi parte da Rússia até 1954, quando o então dirigente soviético Nikita Kruschev passou seu controle à Ucrânia. Para evitar tentações separatistas, a Ucrânia, independente após a dissolução da URSS em 1992, concedeu à península o status de república autônoma.

CONFIRA A TABELA COMPLETA DA COPA DO MUNDO

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