Platini vê briga em Joinville como alerta, mas confia em Copa brasileira
Das agências internacionais, em Bilbao (ESP)
O presidente da Uefa Michel Platini comentou nesta quarta-feira a briga entre torcedores de Atlético-PR e Vasco no último domingo, durante a última rodada do Campeonato Brasileiro, e garantiu que os incidentes não o preocupam visando a Copa do Mundo de 2014.
"Não estou preocupado. Acho que no Brasil a situação não é fácil, mas estão se esforçando muito para que a Copa seja maravilhosa. O que aconteceu recentemente serviu para alertar as autoridades. Estou convencido de que será um grande Mundial", disse o ex-jogador em Bilbao, onde nesta quinta comandará uma reunião do Comitê Executivo da Uefa.
"Confio que o Brasil conseguirá deixar de lado as dificuldades com o mundo inteiro voltado para o país", completou Platini, que também descartou que as altas temperaturas de algumas sedes da Copa representem risco para a saúde dos jogadores.
"A Fifa decidiu que os jogos poderão ser interrompidos por causa das altas temperaturas, e a ideia me parece muito boa. É uma decisão inteligente, dependerá do julgamento do árbitro, e isto não interromperá o ritmo porque a bola às vezes sai do campo. No meu tempo, quando a bola saía, demorava muito para voltar", comentou, em tom de brincadeira.
Platini também defendeu a idoneidade do sorteio dos grupos do Mundial de 2014, realizado na Costa do Sauípe na última sexta-feira. Nos últimos dias, surgiram nas redes sociais uma denúncia de suposta manipulação.
"Após cada sorteio, sempre há quem pensa que tudo foi manipulado e quem pensa que houve algo contra sua equipe. Eu estive presente no sorteio. Foi feito de maneira perfeitamente clara e limpa, mas sempre há pessoas que pensam e acreditam em teorias de complô", afirmou.
Ainda sobre o sorteio, Platini também comentou as críticas feitas aos critérios de definição dos potes. Um dos críticos foi o goleiro espanhol Iker Casillas, que reviverá já na fase de grupos a final da última Copa, contra a Holanda.
"O Comitê Executivo da Fifa determinou alguns critérios, como se faz na Liga dos Campeões. Ou faz-se um sorteio totalmente aberto ou se respeitam as regras. Não acho que aconteceu algo estranho. Na Liga dos Campeões, às vezes há três vencedores no mesmo grupo", lembrou.
Perguntado sobre as polêmicas que ainda rodeiam a escolha do Qatar como organizador do Mundial de 2022, o presidente da Uefa respaldou a decisão e disse se tratar de um país pequeno, mas capacitado.
"Não vejo qual é o problema de ir jogar no Qatar. O Comitê Executivo tomou uma decisão, e eu votei para fomentar o desenvolvimento do futebol em um país onde nunca tínhamos estado. Teria sido a sétima vez que o mundo árabe não o teria recebido. Melhor ir lá que voltar a outro lugar onde já se jogou", opinou.