Entulho do Parque Antarctica já saiu do Itaquerão, diz empreiteira
Tiago Dantas e Vinícius Segalla
Do UOL, em São Paulo
Os resíduos da demolição do estádio Parque Antarctica, que foram utilizados em um acesso pavimentado da obra do estádio do Corinthians, na zona leste da cidade, não estão mais presentes no local.
De acordo com a construtora Odebrecht, que executa a obra, o material foi utilizado em uma estrutura temporária na obra, que já foi desmontada. "As obras da Arena Corinthians fizeram uso temporário de material reciclado em forrações de pisos para máquinas pesadas. O mesmo já foi retirado após o uso e encaminhado para aterros sanitários certificados", informa, em nota, a construtora.
Antes de ter chegado ao canteiro do Itaquerão, o entulho que sobrou da demolição do Parque Antarctica (o estádio foi demolido para dar lugar a uma nova arena que está sendo construída pelo clube) foi enviado para a usina de reciclagem Eco-X, de Guarulhos, na Grande São Paulo. Os detritos foram processados e transformados em brita que, por sua vez, foi destinada à construção de uma pista provisória de acesso aos guindastes que trabalharam no Itaquerão.
Para construir a pista temporária, o entulho palmeirense foi misturado com restos do CT de Itaquera e de outras estruturas provisórias montadas para a construção da nova arena corintiana. Quando o acesso deixou de ser necessário, os detritos foram enviados para um aterro sanitário.
De acordo com a Odebrecht, porém, apenas a minoria do material utilizado na obra corintiana era advindo do Parque Antarctica. "O material reciclado teve várias origens, incluindo fornecedores externos especializados. Apenas 10% dos materiais reciclados de origem externa foram fornecidos pela empresa Eco-X, sendo que nada mais resta na área da construção", afirma a empreiteira, concluindo que a prática de reutilizar materiais de outras obras para fins como este em questão contribuem para os índices de sustentabilidade do trabalho.
No último sábado, um dos sócios da usina, o empresário Pierre Ziade, afirmou ao Jornal Nacional, da TV Globo, que parte do entulho da demolição do estádio palmeirense foi reaproveitada na construção da futura arena do arquirrival. Ziade foi ouvido em uma reportagem que dizia que a reciclagem de entulhos tem reduzido o custo de obras em São Paulo.
O estádio do Corinthians chegou a 90% de obras concluídas na última semana. A arena deve ficar pronta em dezembro, segundo a Odebrecht. Recentemente, o campo ganhou demarcação própria para jogo, mas ainda sem as traves. No sábado, o estádio recebeu o primeiro evento de porte: a cantora Ivete Sangalo comandou o show de aniversário do Corinthians.
Já o estádio do Palmeiras está previsto para ser inaugurado no primeiro semestre de 2014. Até o momento, 67% das obras estão concluídas, segundo a WTorre. A empreiteira, que, em troca da construção, poderá administrar a arena por 30 anos, já negociou o direito do nome do estádio. A Allianz pagou R$ 300 milhões para dar o nome ao estádio palmeirense por 20 anos.