Prefeito tomba Célio de Barros, Julio Delamare e escola do Maracanã
Vinicius Konchinski
Do UOL, no Rio de Janeiro
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Erica Ramalho/Governo do Rio de Janeiro
Anexos do estádio do Maracanã são considerados patrimônio cultural do Rio
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, tombou nesta segunda-feira os prédios e equipamentos esportivos que seriam demolidos por causa da privatização do Maracanã. Por meio de decreto publicado no Diário Oficial do Município, Paes incluiu no rol de espaço protegidos o Estádio de Atletismo Célio de Barros, o Parque Aquático Julio Delamare, a Escola Municipal Friedenreich e o prédio do antigo Museu do Índio.
Todos eles ficam na área do complexo esportivo do Maracanã e, inicialmente, seriam derrubados pela concessionária do estádio, a Maracanã S/A. Após protestos contra o projeto, o governador Sérgio Cabral cancelou as demolições. Com o decreto publicado nesta segunda, caso Cabral volte a mudar de ideia, as derrubadas ainda dependerão de uma autorização dos órgão de proteção ao patrimônio cultural do Rio.
Em outubro do ano passado, Paes havia dado, pessoalmente, a autorização para essas demolições. Na época, o prefeito publicou um decreto "destombando" o Julio Delamare e o Célio de Barros, que já eram considerados patrimônio municipal do Rio há cerca de dez anos. O decreto publicado nesta segunda cancela esse destombamento. Na prática, portanto, volta a incluir os equipamentos esportivos no rol de bens protegidos pelo município.
Outro decreto tomba definitivamente a Escola Municipal Friedenreich. A instituição de ensino seria derrubada para dar lugar a quadras de aquecimento anexas ao Maracanãzinho. Essas quadras seriam usadas, inclusive, na Olimpíada de 2016.
O terceiro decreto assinado por Paes tomba provisoriamente o prédio do Museu do Índio. Por esse fato, qualquer obra no local também passa a depender de análise do município.