Membro do COL, Bebeto cobra explicações sobre gastos com Maracanã
Do UOL, no Rio de Janeiro
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Antonio Scorza/UOL
Bebeto (à direita) visitou Maracanã em maio: membro do COL quer explicações sobre gasto
Bebeto resolveu cobrar do governo do Rio de Janeiro explicações sobre os gastos com a reforma do Maracanã para a Copa do Mundo. Membro do COL (Comitê Organizador Local) do Mundial de 2014 e deputado estadual no Rio, o ex-jogador anunciou que está elaborando um requerimento de informações sobre os gastos com a obra do estádio.
"Todos querem entender os gastos com as obras no Maracanã, então, eu decidi fazer um requerimento de informação que será entregue a quem é de competência", informou, em sua página no Facebook. "Sou deputado estadual e devo satisfação aos meus eleitores, ao povo."
A reforma do Maracanã já custou R$ 1,235 bilhão aos cofres fluminenses. O valor inclui o contrato para adequação do estádio às normas da Fifa, o contrato para fiscalização da obra e outro acordo para a construção de catracas.
Esse total inclui também as correções monetárias pagas pelo governo às empreiteiras. Na segunda-feira, por exemplo, foi divulgado um novo reajuste de R$ 60 milhões no contrato de reforma justamente por causa da inflação.
Durante a reforma do Maracanã, Bebeto visitou o estádio algumas vezes. Como membro do Conselho de Administração do COL, o ex-jogador já acompanhou, inclusive, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, em inspeções ao local.
Bebeto sempre elogiou a obra do Maracanã, assim como a de outros estádios. Durante a Copa das Confederações, entretanto, ele afirmou pela primeira vez que o custo da reforma precisava ser mais bem avaliado. "O governo tem que mostrar porque gastou isso", disse.
Por ser deputado estadual, Bebeto tem o direito de pedir esclarecimentos do governo. O governo tem o dever de fornecer as informações solicitadas.
A CULPA É DOS IMPREVISTOS
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O "imponderável" foi o culpado pelo aumento no custo da reforma do Maracanã para a Copa do Mundo segundo o governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral.
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Após seu governo assinar o décimo aditivo do contrato da obra no estádio e comprometer-se a pagar R$ 1,12 bilhão pelas adequações que inicialmente custariam R$ 600 milhões, Cabral afirmou que uma "série de variáveis não esperadas" ocasionou a alteração no orçamento.