Protestos na Copa das Confederações reuniram 864 mil pessoas

Do UOL, no Rio de Janeiro

02/07/201318h18

AP Photo/Felipe Dana

Policiais fazem segurança do Maracanã minutos antes da final da Copa das Confederações

A série de manifestações populares realizadas nas seis cidades-sede da Copa das Confederações durante o torneio reuniram 864 mil pessoas. O número foi divulgado pela Sesge (Secretaria Extraordinária de Segurança de Grandes Eventos), que encerrou na segunda-feira o esquema de policiamento montado para a competição da Fifa.

Nesta terça-feira, a Sesge divulgou um balanço dessa operação. Nesse balanço, a secretaria destacou quatro protestos organizados no país, os quais criaram os momentos mais críticos para a segurança da Copa das Confederações: o do jogo de abertura do torneio, em Brasília; o da partida entre México e Uruguai, em Belo Horizonte; no dia do jogo entre Nigéria e Uruguai, em Salvador; e durante Espanha e Taiti, no Rio de Janeiro.

Segundo a Sesge, o protesto no Rio foi o que reuniu mais pessoas: 300 mil. A manifestação de Belo Horizonte vem em segundo lugar, com 60 mil ativistas, seguida do ato de Salvador (20 mil) e Brasília (2.500).

A secretaria informou que, apesar de toda essa mobilização, as manifestações não colocaram eventos da Copa das Confederações em risco em momento algum. "O Brasil talvez seja o único país do mundo que, mesmo passando por momento de convulsão social em dezenas de cidades, conseguiu manter um evento com a envergadura da Copa das Confederações, sem incidentes de segurança pública que comprometessem o torneio", afirmou Valdinho Caetano, em comunicado da Sesge.

Caetano é chefe da Sesge. Para ele, o esquema de segurança montado pelo órgão foi vem sucedido.

Ao todo, 54.734 mil agentes da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional, Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Defesas Civis, Guardas Municipais e órgãos de trânsito foram mobilizados para o torneio. Esse foi o maior esquema de segurança já montado para um único evento já realizado no Brasil.

Todos os agentes foram posicionados segundo planejamento feito pela Sesge antes do torneio. Por causa das manifestações, no entanto, o órgão informou que algumas policiais ou guardas acabaram sendo reposicionados. Dessa forma, pontos estratégicos da Copa das Confederações, como estádios, hotéis e aeroportos, receberam um reforço de 30% no seu efetivo.

Os equipamentos para contenção dos protestos também foram reforçados durante o torneio. Antes do início da Copa, a Sesge havia gasto R$ 50 milhões com balas de borracha, gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral. Durante o evento, houve necessidade de complemento de cerca de R$ 8 milhões.

Protestos na Copa das Confederações