Marin aproveita festa em hotel no Rio e, enfim, é ouvido pela Fifa

Luiz Paulo Montes e Ricardo Perrone

Do UOL, no Rio de Janeiro

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  • EFE/Antonio Lacerda

    José Maria Marin tem sido quase que ignorado pelo alto escalão do futebol mundial no Brasil

    José Maria Marin tem sido quase que ignorado pelo alto escalão do futebol mundial no Brasil

Depois de ser tratado com frieza pela cúpula da Fifa (Federação Internacional de Futebol) durante praticamente toda a Copa das Confederações, José Maria Marin, enfim, ganhou alguns minutos de atenção da entidade. O presidente do COL (Comitê Organizador Local) da Copa e da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) discursou no jantar da federação internacional nesta sexta, no Copacabana Palace, que contou com cerca de mil pessoas.

A imprensa não teve acesso ao evento, porém, o UOL Esporte apurou que o dirigente foi chamado para falar aos convidados e fez um discurso protocolar. O mandatário da Fifa, Joseph Blatter, também discursou.

Marin e Blatter pouco se falaram nas partidas que acompanharam lado a lado. Jérôme Valcke, secretário-geral da Fifa, também quase pouco tem conversado com Marin durante os jogos.

Entre os que ouviram o discurso de Marin, estavam o ex-técnico Zagallo, que chegou por volta das 18h30, para um coquetel com início às 19h, e o governador do distrito federal, Agnelo Queiroz, convidados para o evento.

Antes da festa, aconteceram situações inusitadas, como uma vizinha ao glamuroso hotel que, ao avistar vários homens de terno descendo de um "ônibus VIP", gritou de sua janela: "Quem é que são esses engomadinhos engravatados? São os donos do dinheiro, é?". Um deles olhou para cima, procurando quem os insultava.

Na principal entrada do hotel, apenas os convidados vips passavam – apesar do famoso tapete vermelho estar estendido na entrada de trás.  Dirigentes, políticos e outros da lista desciam de carros importados e que não custam menos de R$ 150 mil.

Alexandre Silveira, secretário de José Maria Marin, foi um dos que mais desfilou pelo local antes do evento. Com telefone nas mãos e aparentemente resolvendo detalhes da festa, ele quase ficou com seu pé preso no elevador. A porta se fechava e ele, com o pé direito, tentou impedir o fechamento, ficando com o pé travado. O equipamento se abriu, então, e ele entrou acompanhado de algumas pessoas.

Dentro do hotel, o presidente da AFA, a federação argentina, Julio Grondona, respondia em inglês a um pedido de entrevista em espanhol: "I don´t speak", afirmou. Jérôme Valcke também compareceu, e, ao invés do elevador, optou por subir de escadas para o andar do evento. Blatter, hospedado no hotel, mostrava-se descontraído em conversas com seus pares.

Até mesmo o jogador Seedorf, do Botafogo, apareceu por lá. De terno, saiu do hotel e pediu o carro para um dos manobristas. Ao ser abordado pela reportagem para uma rápida entrevista, se negou a falar e não permitiu ser fotografado.  Foi 'tietado' por uma voluntária, que pediu uma foto para o craque holandês. Aceitou, com um sorriso bastante discreto. Entrou em seu veículo e foi embora, antes de os 'engravatados' começarem a chegar.

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José Maria Marin, ex-presidente da CBF Imagem: Marcus Brandt-3.dez.2013/EFE

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