Todo juiz de futebol sabe: se a torcida sai do estádio comentando o seu nome, é porque a arbitragem não foi boa. Pode ter sido uma falta não marcada, um pênalti que não existiu, cartões que deixaram de ser mostrados. Ou mesmo lances polêmicos em que o homem de preto acertou – mas contra a torcida da casa.

É tudo isso que o responsável pela final da Copa das Confederações, o holandês Bjorn Kuipers, quer evitar. "Meu sonho é ver que, quando terminar a final, ninguém se lembre de quem apitou". Ele irá comandar a partida ao lado dos também holandeses Sander van Roekel e Erwin Zeinstra.

Filho de árbitro e dono de um supermercado na Holanda, Kuipers começou a apitar aos 16 anos. É árbitro internacional desde 2006 e faz parte do grupo de elite da Fifa desde 2009. Sua ligação com o Brasil é marcante para os gaúchos: ele foi o juiz de Internacional 0 x 2 Mazembe, no Mundial de Clubes de 2010 – foi a primeira derrota na história de um clube sul-americano antes da final do torneio. Naquela ocasião, ele foi bem e poucos se lembravam de seu nome.

Até agora, na Copa das Confederações, ele participou de apenas uma partida: Uruguai 2 x 1 Nigéria, na primeira fase. Partida que acabou sem problemas para a arbitragem. Mesmo assim, engana-se quem pensa que ele aproveitou o Brasil.

"Em torneios como esse, não temos tempo para conhecer o país. Pela manhã, estamos sempre fazendo preparação física. À tarde, analisamos jogo. Não há tempo para turismo", explica.

Sobre a final, Kuipers foi pragmático. "O Maracanã estará lotado. E é um estádio emblemático. Brasil e Espanha são dois grandes países futebolísticos. Espero que o jogo corra sem problemas e com muito fair play".

A decisão da Copa das Confederações está marcada para 19h de domingo.