Calejada em clássicos, atual seleção é enfim desafiada pela mística da Celeste

Gustavo Franceschini

Do UOL, em Belo Horizonte

  • AP/Martin Mejia

    Lucas em ação pela sub-20 contra o Uruguai; profissionalmente, a geração atual nunca encarou a Celeste

    Lucas em ação pela sub-20 contra o Uruguai; profissionalmente, a geração atual nunca encarou a Celeste

A atual seleção brasileira enfrentou praticamente todos os seus maiores rivais históricos, com exceção de um deles, justamente o adversário da próxima quarta. Na semifinal da Copa das Confederações, Neymar e companhia serão apresentados pela primeira vez à mística do Uruguai, responsável pelo maior vexame da história do futebol verde-amarelo.

Para o time de Luiz Felipe Scolari, no entanto, a perda da Copa do Mundo de 1950 deve ser apenas um incômodo fato histórico. Dos 23 jogadores que estão em Belo Horizonte para o jogo da próxima quarta-feira, somente Julio Cesar e Daniel Alves já encararam o Uruguai como profissionais.

"Jogo contra o Uruguai é sempre complicado, tem a catimba. Uns dizem que é pior do que Brasil e Argentina. Eles estão muito confiantes por terem ganhado a Copa América, e talvez um pouco engasgados por termos vencido as últimas partidas deles", disse o goleiro, que já enfrentou os rivais três vezes na carreira.

O restante do elenco jamais teve pela frente a camisa celeste que hoje é envergada por Lugano, Forlán e Suárez. Nos últimos dez anos, a seleção jogou apenas seis vezes contra o Uruguai, sendo que a última foi em 2009, pelas Eliminatórias para a Copa da África do Sul.

Desde então, os dois países passaram perto de se cruzar em pelo menos duas oportunidades. Em 2010, a seleção de Dunga encararia o Uruguai na semifinal se tivesse batido a Holanda nas quartas. Um ano depois, o tropeço contra o Paraguai interrompeu a trajetória do Brasil de Mano na Copa América, que acabaria nas mãos da celeste olímpica.

Além dos desencontros em competições oficiais, pesa para o distanciamento o fato de o Brasil não jogar as Eliminatórias Sul-Americanas. A seleção, em compensação, tem aproveitado o tempo livre para medir sua força contra praticamente todos os seus rivais.

Desde 2010, a Argentina foi encarada em nada menos que seis oportunidades. Foram dois amistosos com os times principais e quatro com equipes formadas apenas por atletas em atuação nos dois países, nos Superclássicos das Américas. Além disso, o Brasil ainda pegou França, Itália e Inglaterra duas vezes e uma Alemanha e Holanda.

O Uruguai, no entanto, será uma novidade para a maioria da seleção. Por sorte, a lembrança que alguns deles guardam da base é das melhores possíveis.

Em 2011, Fernando, Oscar, Lucas e Neymar estavam em campo na final do Sul-Americano sub-20 daquele ano, quando o grupo carimbou em grande estilo a passagem para as Olimpíadas de Londres. O problema é que, daquela equipe, nenhum está sequer no elenco do Uruguai que testará o Brasil na Copa das Confederações. 

 

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