Fonte Nova tenta, canta hino além do padrão Fifa, mas não emociona como Castelão

Mauricio Stycer

Do UOL, em Salvador

22/06/201316h16 > Atualizada 22/06/201318h10

BRASIL X ITÁLIA

A rebelião da torcida brasileira, especialmente do Nordeste, contra a versão do Hino Nacional cantada em competições promovidas pela Fifa (Federação Internacional de Futebol) ganhou novo capítulo na Fonte Nova, dia de Brasil e Itália pela Copa das Confederações.

A entidade máxima do futebol condensa os hinos nacionais de todos os países em versões não superiores a 90 segundos. Na última quarta-feira, no Castelão, quando o Brasil enfrentou o México, o público não se conformou com esta versão e seguiu cantando o hino depois que a música parou. Toda a primeira parte do hino foi cantada, numa cena que emocionou os jogadores da seleção.

Neste sábado, ocorreu fenômeno semelhante, mas o efeito não foi o mesmo. Encerrada a versão oficial, parte do público continuou cantando o hino, mas alguns setores do estádio não acompanharam.

Em Fortaleza, o "efeito-hino" impressionou até o árbitro da partida, o inglês Howard Webb. "Ele disse que nunca tinha visto algo igual. A música parar e o público seguir cantando. Temos que dizer muito obrigado ao público de Fortaleza", contou o técnico Luiz Felipe Scolari.

Apesar de a Fifa obrigar, a África do Sul conseguiu, na Copa das Confederações, em 2009, e na estreia da Copa do Mundo, em 2010, que o hino do país fosse tocado antes de algumas partidas em sua versão integral.

Animada ao longo do jogo, a torcida brasileira não teve muito o que comemorar no primeiro tempo até o gol de Dante, aos 45 minutos. Antes disso, a diversão maior foi vaiar ou aplaudir árbitro Ravshan Irmatov, pelos cartões amarelos que distribuiu às duas equipes. A punição a Neymar foi um dos momentos de maior barulho no estádio.

Sempre presente nesta fase de jogos da seleção brasileira, o tradicional grito de "Lucas" só ocorreu aos 25 minutos do segundo tempo. Mas durou pouco. E Balotelli, principal jogador da seleção italiana, depois de ser ovacionado antes de o jogo começar, mereceu um coro pouco simpático após dar o passe que resultou no segundo gol da sua equipe.