Se bater a Itália no próximo sábado, em Salvador, pela Copa das Confederações, Luiz Felipe Scolari se tornará o técnico com a maior sequência de vitórias pela seleção em competições oficiais. Somada a primeira passagem com a atual, o treinador tem dez triunfos consecutivos, mesmo número de Vanderlei Luxemburgo e Dunga, que o fizeram sem um hiato no caminho.

Os números levam em conta competições oficiais com calendário estabelecido e que sejam disputadas atualmente. Felipão venceu a última partida das eliminatórias em 2001, os sete jogos da Copa do Mundo do ano seguinte e Japão e México, rivais das duas primeiras rodadas de Copa das Confederações.

Dunga e Vanderlei Luxemburgo atingiram a marca numa única passagem. O hoje técnico do Internacional venceu cinco jogos de eliminatórias e cinco na Copa das Confederações em 2009. A série foi encerrada pela derrota por 2 a 1 diante da Bolívia, em La Paz, quando a seleção já estava classificada para a Copa do Mundo do ano seguinte, na África do Sul.

Luxemburgo, por sua vez, só não foi mais longe por conta de um tropeço histórico. Em 1999, ele viu seu time atropelar na Copa América daquele ano com seis vitórias seguidas. Na sequência, foi à Copa das Confederações e venceu quatro partidas, até cair na final em um 4 a 3 diante do México.

O fato de dois técnicos não-campeões mundiais deterem o recorde de vitórias consecutivas pode ser explicado pelo calendário histórico da seleção brasileira. Até a década de 1990, as eliminatórias sul-americanas eram mais curtas, deixando a atuação dos times restritas às Copas do Mundo e torneios amistosos, já que ainda não existiam competições como a Copa das Confederações.

Mesmo nessas condições, o Brasil viveu duas sequências de destaque em sua história. A mais recente é de Telê Santana, que viu seu time vencer quatro vezes nas eliminatórias e outras quatro na Copa do Mundo de 1982, caindo de forma dramática contra a Itália na segunda fase.

A mais longa, no entanto, é de 1969 e 1970. Entre eliminatórias e a Copa do México, foram 12 vitórias seguidas. O problema é que as seis primeiras tiveram o comando de João Saldanha, demitido no meio da preparação, enquanto as últimas foram com Zagallo, comandante da seleção do tricampeonato. 

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