Em dois jogos, Neymar faz mais que em Copa América e Olimpíadas

Gustavo Franceschini

Do UOL, em Fortaleza

  • Flávio Florido/UOL

    Neymar na comemoração de seu gol contra o México; atacante está em alta na atual competição

    Neymar na comemoração de seu gol contra o México; atacante está em alta na atual competição

Neymar surpreendeu aqueles que o criticavam pela falta de poder de decisão. Contra Japão e México, o camisa 10 da seleção brasileira fez dois gols e foi fundamental para o início perfeito da equipe na Copa das Confederações. Em dois jogos, ele fez mais que na Copa América de 2011 e nas Olimpíadas de 2012, as únicas grandes competições que ele disputou com a camisa verde-amarela.

Só o número de gols marcados já diferencia o desempenho do ex-santista. Na Copa das Confederações, Neymar foi à rede duas vezes e tem média de um gol por partida.

Na Copa América, quando dividia a responsabilidade com Ganso e Robinho e tinha por trás os experientes Júlio César e Lúcio, o atacante marcou dois gols em quatro partidas. Ambos foram na vitória por 4 a 2 sobre o Equador, a única do time de Mano Menezes na competição, no último jogo da fase de grupos.

Nas quartas, contra o Paraguai, Neymar não conseguiria ser decisivo na eliminação do Brasil nos pênaltis, após um 0 a 0 no tempo normal. No total, ele ficou com uma média de 0,50 gol por partida, abaixo do que ele já alcançou na Copa das Confederações.

Um ano depois, nas Olimpíadas, Neymar teria seu maior desafio pela seleção na disputa pela inédita medalha de ouro. Foram seis jogos em que o atacante marcou três vezes. Além da média de 0,50 por partida, ele mais uma vez não conseguiu decidir no momento-chave. Na final, o azarão México surpreendeu e ganhou por 2 a 1, ficando com o ouro.

Além dos gols, Neymar se destaca em outros quesitos atualmente. Em relação a Copa América e Olimpíadas, o camisa 10 está passando melhor (94,1% de acerto contra 83,6% e 90,7%, respectivamente), chutando melhor (1,5 por jogo contra 1,3 em ambas) e desarmando mais (5,5 por partida contra 5,3 e 4,7).

Os números também mostram Neymar com uma função diferente no time. Na Copa América, ainda um novato, ele driblava menos e tentava menos passes, por exemplo. Nas Olimpíadas, como a grande referência do time, ele recebia mais bolas e fintava mais.

Na Copa das Confederações, ele consegue ter um equilíbrio na comparação com o que fez nos dois torneios anteriores. Em dois jogos, ele tem uma média de 7 dribles (contra 7,7 nas Olimpíadas e 4,5 na Copa América) e 39,5 bolas recebidas (contra 49,5 em Londres).

"Nosso time está merecendo. Independente de quem faz os gols, quem é o cara da partida. Isso é fora do que queremos, que é jogar bem, vencer e se entregar. Nosso time demonstra isso e cresce a cada jogo" disse Neymar, no tom modesto de sempre, deixando de lado o fato de ter sido escolhido o melhor em campo contra Japão e México. 

Neymar
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