Mineirão perde espaço para protestos, e BH aguarda semi do Brasil para 'salvar' comércio

Pedro Ivo Almeida

Do UOL, em Belo Horizonte

Protestos na Copa das Confederações
Protestos na Copa das Confederações

Uma das seis sedes da Copa das Confederações, Belo Horizonte ainda não conseguiu se envolver completamente com a competição. Por conta dos inúmeros protestos que acontecem na cidade desde o início da semana, a utilização do novo Mineirão acabou ficando em segundo plano e até mesmo o comércio da região do estádio vem sofrendo com o desinteresse momentâneo da população mineira com o torneio.

Para se ter uma ideia da preferência do povo local, na última segunda-feira, enquanto apenas 20.187 pessoas assistiam a Taiti x Nigéria no estádio, mais de 30 mil pessoas participavam de uma manifestação contra o alto preço das passagens e o custo elevado das obras da Copa em uma praça no centro da capital.

E na opinião dos comerciantes locais, somente a presença do Brasil na semifinal que será realizada no Mineirão, no dia 26, poderá mudar este cenário de desinteresse e salvar Belo Horizonte de um "fiasco".

"Está muito complicado para nós. Vivemos uma grande expectativa por este momento e até agora nada empolgou. Para falar a verdade, na segunda (dia de Taiti x Nigéria) vendemos menos do que os dias normais. Fecharam o entorno e apenas o público poderia passar aqui perto. Mas o problema é que não tinha público", lamentou Antônio Medeiros, de 43 anos, que trabalha em um bar na região do Mineirão.

Nem mesmo a promessa de mais de 43 mil pessoas para o próximo jogo, no sábado, entre Japão e México parece entusiasmar os mineiros que tentam lucrar com a competição.

"Mas será que vai dar isso tudo mesmo?", questionou Alberto Miranda, de 39 anos, que também atua no comércio da região, ao ser informado pela reportagem dos ingressos vendidos para sábado.

"Tomara que dê isso tudo mesmo. Ainda assim, só acredito em movimento bom no dia de jogo do Brasil. Temos que torcer muito para a tabela nos ajudar. Infelizmente, não tivemos sorte. Não teremos uma Itália ou uma Espanha aqui. É triste. Por toda a tradição que tem, Belo Horizonte merecia jogos melhores", completou o comerciante.

E para que o sonho de receber a seleção brasileira em uma semifinal vire realidade, a capital mineira ainda precisa contar com o bom desempenho do time de Luiz Felipe Scolari na primeira fase.

Protestos e confrontos de manifestantes e Polícia dominaram BH

  • Gabriel Duarte/UOL

Após o triunfo sobre o Japão na estreia, a equipe tem que confirmar o primeiro lugar do grupo em confrontos contra México e Itália para confirmar o passaporte para Belo Horizonte e fazer, enfim, fazer a alegria dos mineiros nesta Copa das Confederações.

E mesmo sem a confirmação oficial, o público mineiro já garantiu seu lugar para a possível semifinal do Brasil no próximo dia 26. Segundo números divulgados pela Fifa no último fim de semana, 51.188 ingressos já haviam sido vendidos para o jogo, restando apenas 949 entradas. A expectativa é que tudo se esgote ainda nesta semana.

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