Fifa monitora protestos; secretário do Rio diz que manifestantes querem 'aparecer'

Pedro Ivo Almeida, Rodrigo Mattos e Vinicius Konchinski

Do UOL, no Rio

  • Leonardo Soares/UOL

    Policial se prepara para atirar contra manifestantes durante protesto no centro de SP

    Policial se prepara para atirar contra manifestantes durante protesto no centro de SP

A Fifa informou estar monitorando junto aos governos os protestos de estudantes pelo país por ocorrerem às vésperas da Copa das Confederações. Mas a entidade informou que confia na atuação das autoridades na questão da segurança.

"Respeitamos o direito de protesto. E temos confiança nas autoridades. Estamos monitorando a situação para sabermos mais informações. Mas são as autoridades locais que são responsáveis pela segurança", afirmou o porta-voz da Fifa, Pekka Odrizola.

Já o secretário da Casa Civil do estado do Rio de Janeiro, Regis Fichtner, foi taxativo ao comentar as recentes e polêmicas manifestações ocorridas em várias capitais do Brasil. Ele disse que muitas pessoas envolvidas nos protestos querem apenas aparecer, aproveitando que o Brasil está em evidência por conta da Copa das Confederações e da Copa do Mundo.

"A verdade é que algumas pessoas usam este período de grandes eventos para aparecer. É um período de evidência, de grande repercussão no cenário internacional. Alguns até querem mostrar sua causa e ter uma repercussão maior, mas nem todos são assim", comentou Fichtner.
O secretário ainda assegurou que nenhuma dessas manifestações irá ocorrer nos arredores dos estádios das Copa das Confederações em dias de jogos.

"Teremos um cinturão de segurança nos estádios e somente pessoas com ingresso ou credenciadas terão acesso. Não teremos este tipo de problema".

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, tentou minimizar a situação e disse que tais manifestações são previsíveis neste período. O governante ainda fez questão de frisar que o poder público está preparado para coibir possíveis abusos da Polícia nos casos. "As manifestações são previsíveis. Mas isso é apenas um reflexo de um país democrático, onde todos têm liberdade de expressão. A única coisa que pedimos é que respeitem os princípios de um estado democrático, evitando a violência. E dos dois lados. Os manifestantes que causarem a desordem serão reprimidos, enquanto teremos instrumentos democráticos que podem prevenir qualquer tipo de abuso do aparelho repressivo [Polícia]".

Onda de manifestações
Na noite da última quinta-feira, manifestações por conta de aumentos de passagens ocorreram em inúmeras capitais brasileiras. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, a situação foi mais grave, com confronto entre policiais e manifestantes que deixaram inúmeros feridos. Até o momento, não há nenhuma relação direta entre o movimento de estudandes e a Copa das Confederações ou a Copa-2014. O Mundial é apenas mencionado em uma ou outra manifestação dos estudantes, mas seu principal objetivo é a redução do preço da passagem.

Na manhã desta sexta, novo protesto. Desta vez, cerca de 800 pessoas ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) promoveram manifestação em frente ao estádio Mané Garrincha e interditaram os arredores da arena palco da estreia da seleção brasileira na Copa das Confederações. Eles incendiaram pneus na avenida Eixo Monumental, na capital federal.

Protestos contra o aumento da tarifa do transporte coletivo
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