Fifa cria esquema de emergência após crise na retirada ingressos no Rio

Rodrigo Mattos

Do UOL, no Rio de Janeiro

  • Pedro Ivo Almeida/UOL

    Torcedores encararam enorme fila para retirar seus ingressos

    Torcedores encararam enorme fila para retirar seus ingressos

Diante da crise da distribuição de ingressos, a Fifa vai criar um sistema de emergência para a retirada dos bilhetes para a Copa das Confederações no Rio de Janeiro. Os centros de distribuição irão funcionar em um período maior a partir de desta sexta-feira, será aumentada a capacidade do local no centro da cidade e possivelmente haverá até um novo posto.

Isso tudo para tentar resolver a questão da coleta de bilhetes do México e Itália, que será no domingo e se tornou um problema porque 21 mil deles ainda não foram recolhidos. O temor é que isso cause confusão no dia da partida quando não poderão ser obtidos os bilhetes no Maracanã. A possibilidade de assentos vazios em jogos vendidos também é uma preocupação da Fifa.

"Estamos agindo. Está apertado, mas estamos confiantes de que vamos entregar. Não dá para esperar ir ao estádio e achar que vai pegar o ingresso que não vai conseguir", afirmou Thierry Weil, diretor de marketing da Fifa que também cuida de ingressos.

Os três centros de distribuição do Rio - centro, Cidades Artes na Barra da Tijuca e o aeroporto do Galeão - vão ficar abertos de 7 horas da manhã às 10 da noite na sexta-feira, no sábado e no domingo. A capacidade do Hotel Guanabara, que apresentou filas de duas horas e meia na quinta-feira, será dobrada, segundo a Fifa.

A entidade ainda estuda abrir um novo local de distribuição centro do RIo no sábado, mas ainda não tem confirmação disso. Também estarão abertos no domingo, mas, como ressalta a Fifa, não haverá distribuição de ingressos no estádio. É no centro de distribuição do aeroporto do Galeão que a entidade aposta para que seja utilizado por turistas que cheguem no domingo. A preferência é que os bilhetes sejam pegos com angendamento - o sistema já foi consertado, segundo a entidade.

"A maioria dos ingressos, 80%, foi comprado por cariocas. Para aqueles que vêm de fora do Brasil, foi feito um esquema com acertos para contatá-los no hotel ou em outro lugar", esclareceu Weil.

Questionado se a Fifa também tinha responsabilidade pelo problema, Weil disse que os centros de distirbuição foram recebidos pela entidade muito tarde, o que limitou o tempo para recolher os ingressos. "Os próximos dias serão bem cheios", reconheceu.

O diretor da entidade ressaltou que a Copa das Confederações no Brasil representam um recorde de venda de ingressos da competição, com um total de 731 mil até agora.

Apesar das várias reclamações de torcedores sobre a distribuição de ingressos da Copa das Confederações, a Fifa descarta mandar entradas por carta ou instituir centros fora das cidades-sedes para a Copa-2014. Para o Mundial, será mantido o sistema atual, mas com grande aumento de capacidade e mais tempo para recolhimento dos bilhetes.

"Onde poderíamos botar mais centros? Em todas as cidades? O Brasil é um país continental. Por onde você começaria?", questionou Weil, que também não considera o correio seguro. Já foi feita distribuição de bilhetes por correio na Copa-2006. "Ingresso é como dinheiro, não é seguro enviar por correio."

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