Sem cadeira, técnico da França começa entrevista em pé
Fernando Duarte e Mauricio Stycer
Do UOL, em Porto Alegre
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Mauricio Stycer
Didier Deschamps dá entrevista em pé na Arena Grêmio, em Porto Alegre
Ainda em clima de inauguração, a Arena Grêmio passa por um teste importante neste fim de semana com o amistoso entre Brasil e França. Nem tudo, porém, ainda está pronto no belo estádio. Neste sábado, por exemplo, o técnico da França, Didier Deschamps, não tinha cadeira para se sentar no início da entrevista coletiva que concedeu a jornalistas brasileiros e franceses.
De bom humor, ele riu da situação, mesmo quando provocado por um repórter brasileiro, que disse: "É guerra psicológica". "Mesmo num amistoso?", perguntou o técnico. Depois de cinco minutos de espera, foram providenciadas cadeiras para os franceses.
Como muito dos encontros da imprensa brasileira com Luiz Felipe Scolari, um certo clima surreal marcou a entrevista com Deschamps e com o goleiro Hugo Lorris. A primeira pergunta, de um repórter francês, foi sobre a qualidade da carne gaúcha, que a delegação francesa experimentou na noite de sexta-feira numa churrascaria. "Comprovou a qualidade da carne brasileira", elogiou o goleiro.
Informais, os repórteres franceses só se referem a Deschamps como Didier, seu primeiro nome. E, além dos repórteres e radialistas, até um operador de câmera da TV francesa fez pergunta ao técnico da seleção, sobre a partida entre Brasil e Inglaterra.Deschamps não gostou muito do que ouviu. "Você viu um jogo diferente do que eu vi."
O lateral Paulo Cesar, hoje no Audax-SP, mas com passagem pelo futebol francês, atuou como intérprete de Deschamps e Lorris na coletiva. Igualmente à vontade, o jogador não se encabulou nem mesmo quando esqueceu de traduzir para o português uma pergunta: "Esqueci. Mas a resposta eu sei".
Além da dificuldade inicial com cadeiras, a confortável sala de entrevistas dentro da Arena Grêmio também sofreu com a iluminação insuficiente.