Típico em times de Scolari, esquema com centroavante volta à seleção

Fernando Duarte e Paulo Passos*

Do UOL, em Londres

05/02/201306h00

Mowa Press

Lembrado por Mano Menezes só nas últimas convocações, Fred já foi chamado na 1ª lista de Felipão

O time de Luiz Felipe Scolari ainda nem treinou, mas uma mudança em relação à equipe de Mano Menezes é certa. O Brasil terá um típico camisa 9 na partida que marca o retorno do técnico à seleção brasileira, contra a Inglaterra, na quarta-feira, em Wembley. Fred e Luís Fabiano disputarão o posto, considerado chave pelo novo comandante do Brasil.

Ao longo da carreira, Felipão costumou armar times com centroavantes, na maioria das vezes, com características clássicas: altos, fortes, bons de bola aérea e que se posicionam bem.

"Ele gosta de centroavante mais fixo. Foi no Grêmio com Jardel, no Palmeiras comigo. Ele gosta de jogador alto trombador", diz Oseas, que jogou com o técnico no Palmeiras e no Cruzeiro.

"Para nós centroavantes é um ponto positivo. Tem que estar bem nesse primeiro jogo e, mais importante, fazer gols", comemora Fred, que briga para ser o camisa 9 de Scolari.

"Minha ideia é usar os dois em determinados momentos do jogo. Pode ser um no primeiro tempo e o outro no segundo", afirmou Felipão no dia da convocação para o jogo desta quarta.

No segundo semestre de 2012, a seleção brasileira, ainda com Mano Menezes de técnico, passou a jogar sem centroavante fixo. Na partida contra a Colômbia, por exemplo, Mano Menezes escalou um quarteto ofensivo com Oscar, Kaká, Thiago Neves e Neymar.

* colaborou Luiza Oliveira

CENTROAVANTES DE FELIPÃO CONTAM RECEITA PARA AGRADAR TÉCNICO

"Ele mandava eu ficar mais fixo na área e dizia: 'Vai pra área e fica olhando para a bola que vem do Arce'. Outra função que ele pedia também era para segurar os zagueiros", lembra Oseas.

"Ele sempre dizia que não existia bola perdida, era para brigar com zagueiros. Isso se encaixava no meu estilo. Pedia para não desistir das bolas", conta Luizão, que foi titular nas eliminatórias para a Copa de 2002.

"Eu me lembro dele estar sempre dizendo para os laterais o posicionamento do centroavante. Ele orientava os laterais: esse centroavante se posiciona em tal lugar, tem que tocar lá", diz Evair, que brilhou no Palmeiras de Scolari.