Poucos minutos antes da chegada da delegação brasileira em La Bombonera para o jogo de volta do Superclássico das Américas, nesta quarta-feira, um ônibus entrou na área reservada do estádio. Dentro não estavam Neymar, Fred, Mano Menezes e companhia, tampouco os jogadores da Argentina, mas um grupo de torcedores brasileiros vindos em excursão. O motorista do ônibus errou o portão de entrada e os torcedores tiveram que passar entre os argentinos para pode entrar.

Tão logo o veículo parou, desceram crianças, mulheres, senhores e senhoras vindo de diversas partes do Brasil. Camisas de Internacional, Grêmio, Flamengo, São Paulo, Fluminense, Corinthians, todos felizes e trajados, principalmente, com algo que lembre o Brasil. Alguns de cabelo pintado de verde ou amarelo, ou com bandeiras, todos alegres por conhecer La Bombonera.

No entanto a recepção não foi agradável. Aos gritos, os seguranças da casa do Boca Juniors queriam tirar os aficionados do lugar errado para encaminhar ao portão certo rapidamente, até porque os ônibus de Brasil e Argentina chegariam logo em seguida. "Temos crianças, não podemos passar pelos torcedores da Argentina assim", respondeu um dos organizadores do grupo.

Percebendo a dificuldade que poderia ocorrer, a polícia local criou um isolamento, cercando os brasileiros. Acompanhados por policiais, eles desfilaram em meio aos argentinos até o local destinado aos visitantes. Nada de mais grave aconteceu, só vaias, apitos e gritos de apoio a Argentina ecoaram pela primeira vez nas ruas que cercam La Bombonera.

As delegações de Brasil e Argentina já chegaram no estádio para o jogo das 22h (horário de Brasília). O jogo de volta do Superclássico das América tem o Brasil em vantagem por ter vencido o confronto de ida por 2 a 1 no Serra Dourada. O clima é de total tranquilidade na capital argentina. Não há focos de violência ou grande pressão no estadio.