Sem jogos oficiais na temporada, Kaká surge como novo "salvador" na seleção

Paulo Passos

Do UOL, em São Paulo

  • AP Photo/Andres Kudacki

    Kaká controla a bola no amistoso do Real Madrid contra o Millonarios, da Colômbia

    Kaká controla a bola no amistoso do Real Madrid contra o Millonarios, da Colômbia

Principal novidade na lista de Mano Menezes para os amistosos contra Iraque e Japão, em outubro, Kaká tem sido pouco aproveitado nesta temporada pelo Real Madrid, seu clube. O meia não atuou em nenhuma partida do Campeonato Espanhol. Foi titular apenas em amistosos, como na vitória contra o Millonarios, da Colômbia, na última quarta-feira.

Na seleção, entretanto, Kaká chega como jogador mais experiente da equipe. Com títulos da Copa do Mundo, Liga dos Campeões da Europa e de melhor da Fifa no currículo, o meia terá a sua chance de estrear na era Mano Menezes, numa equipe jovem e ainda sem medalhões no futebol europeu.

Kaká já havia sido chamado por Mano em 2011, para os amistosos contra Egito e Gabão. Por conta de uma lesão, foi cortado e ficou sem ser lembrado por um ano.

"Foi uma surpresa. Eu realmente não esperava", admitiu o jogador, em entrevista à rádio Bandeirantes. "Tenho me preparado e treinado muito pra poder aproveitar as oportunidades que aparecem, tanto no Real como esta da seleção. Estou pronto pra voltar", completou.

 

OUTROS TENTATIVAS DE SALVADORES DA PÁTRIA NA ERA MANO

Quando ainda estava no Milan, em 2010, Ronaldinho foi chamado por Mano Menezes para o amistoso contra a Argentina. Foi o primeiro "veterano" a voltar à seleção com o técnico. Em campo, o meia-atacante viu a seleção perder para o maior rival, em Doha, no Catar, com gol de Messi. Depois, ele só voltou a ser chamado em 2011, na primeira edição do Superclássico das Américas, e neste ano, para um amistoso contra a Bósnia, na Suíça. Não brilhou e foi esquecido.
Antes da primeira competição oficial à frente da seleção brasileira, Mano Menezes apostou em um dos pilares da era Dunga. O técnico chamou o trio Julio Cesar, Maicon e Lúcio. A ideia era dar mais experiência para a defesa da seleção. Depois do fracasso da Copa América, os "interistas" deixaram de ser chamados.
Com a limitação para chamar apenas jogadores que atuam no Brasil, Mano Menezes apostou na volta do são-paulino Luis Fabiano para os jogos contra a Argentina. Recém-chegado na seleção de Mano, mas com bagagem da era Dunga, o atacante virou titular na primeira partida. Antes disso foi escalado como uma espécie de "escudo" para os mais jovens. Deu entrevistas, foi ovacionado pela torcida, mas em campo não conseguiu resolver. Lesionado, corre o risco de ser cortado para o segundo jogo contra os argentinos.

 

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