Paredão da Copa de 1994, Ravelli guarda lembranças especiais de Romário

Fernando Duarte

Do UOL, em Estocolmo (Suécia)

  • Fernando Duarte / UOL

    Thomas Ravelli, ex-goleiro da seleção sueca

    Thomas Ravelli, ex-goleiro da seleção sueca

Foram 143 partidas como o número 1 da Suécia, mas uma delas ainda traz recordações para Thomas Ravelli: a semifinal da Copa do Mundo de 1994, em que a seleção europeia vendeu extremamente caro uma derrota por 1 a 0 para a seleção brasileira. 

Seria a última participação relevante dos suecos numa Copa, mas o irreverente goleiro (quem não se lembra das coreografias feitas para as câmeras a cada oportunidade perdida pelos brasileiros no Rose Bowl?) acredita que poderia ter sido ainda melhor.
 
''Tivemos um jogador expulso aos 30 minutos do segundo tempo e até então tínhamos jogado de igual para igual com o Brasil. Com 11, poderíamos ter levado o jogo para os pênaltis e vencer. Mas aí veio Romário, que de tão baixinho podia até se esconder na grama, e marcou aquele gol de cabeça'', conta o ex-jogador, numa rápida conversa com o jornalistas brasileiros na sala de imprensa do estádio Rasunda, poucas horas antes do amistoso da equipe de Mano Menezes contra o time da casa.
 
Ravelli, na verdade, jogou cinco vezes contra o Brasil nos 16 anos em que defendeu a seleção (1981-97). Estava em campo na última vitória dos europeus sobre os sul-americanos, em 1989. Disse acompanhar pouco o futebol brasileiro, embora tenha lido sobre a derrota olímpica em Wembley.
 
''Não entendo porque valorizam tanto os Jogos Olímpicos, uma competição em que os melhores jogadores não podem ir. Mas os brasileiros desde 94 entenderam bastante a importância de jogar um futebol com equilíbrio entre defesa e ataque. Até o Barcelona faz isso, pois é assim que mantêm a posse de bola''. Mas é pelo passado, mais especialmente por seu carrasco, que ele nutre mais admiração.
 
''Romário era o melhor jogador do mundo em 1994. Ele podia passar o jogo inteiro sumido, mas se a bola chegasse até a ele na grande área, era imarcável'', lembra Ravelli, que além da cabeçada na semifinal, sofreu um gol de Romário na fase de classificação, quando brasileiros e suecos empataram em 1 a 1,em Detroit.

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