Bernat Armangue/AP Photo

Jesus Navas acerta a rede pelo lado de fora e lamenta, mas torcida achou que foi gol

11/07/2010 - 18h04

Torcida vaia Zuma, Blatter e o juiz, e comemora bola na rede pelo lado de fora

Alexandre Sinato, Bruno Freitas e Mauricio Stycer
Em Johanesburgo (África do Sul)

Numa partida de muita violência e poucas jogadas dignas de uma final de Copa do Mundo, a torcida espanhola no Soccer City comemorou dois gols que não aconteceram. Em ambos os lances, um no primeiro tempo e outro no segundo, a bola bateu na rede pelo lado de fora.

Antes do início da partida, o público foi ao delírio quando Nelson Mandela entrou no gramado, a bordo de um carrinho. O ex-presidente foi saudado aos gritos de “Madiba”, um título em zulu pelo qual é muito conhecido.

Mandela deixou o estádio logo depois de sua passagem-relâmpago, e teve de tempo de ouvir as vaias dirigidas ao atual presidente, Jacob Zuma, e ao presidente da Fifa, Sepp Blatter, que entraram em campo para saudar os jogadores de Holanda e Espanha.

Havia um número maior de holandeses do que espanhóis no estádio. Mas os torcedores da Fúria fizeram muito mais barulho nos poucos momentos em que as vuvuzelas permitiram. Somente depois de 114 minutos, os espanhóis se fizeram ouvir de verdade, na comemoração do gol de Iniesta.

A partida teve público de 84.490 espectadores – a capacidade máxima estabelecida para a Copa do Mundo no Soccer City. Antes do jogo começar, por volta das 13h (horário de Brasília), a temperatura em Johanesburgo era de 14º. Quatro horas depois, no final do segundo tempo, os termômetros marcavam 8º com sensação térmica de 6º - um clima gelado para um jogo quente apenas nas entradas violentas.

O árbitro inglês Howard Webb tomou uma sonora vaia no momento da premiação, ao ser anunciado pelos alto-falantes do estádio e ter a sua imagem enquadrada no telão do Soccer City.

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