Uma final de Copa do Mundo sem a seleção brasileira perde a graça para a maioria dos torcedores tupiniquins. Mas, mesmo com a eliminação precoce, centenas deles estarão neste domingo no Soccer City. O clima hospitaleiro da Bahia na África do Sul e um acordo entre as agências de turismo e a Fifa superaram a frustração com os comandados de Dunga.
Torcida viajou animada e em grande número para a África, se fantasiando para ver a seleção do Brasil
Cerca de 400 brasileiros estarão presentes no Soccer City, palco da final em Johanesburgo
Na briga pela artilharia, Sneijder e Villa são as estrelas da decisão entre Holanda e Espanha
A final será protagonizada por Holanda e Espanha, mas cerca de 400 brasileiros estarão nas arquibancadas do palco da decisão com capacidade para 84.490 pessoas. Até a última edição do Mundial isso não seria possível.
Quem comprasse um pacote de viagem no Brasil poderia assistir apenas a partidas da seleção nacional. Em caso de eliminação precoce, os ingressos adquiridos com antecedência teriam que ser devolvidos e o turista reembolsado pelo dinheiro gasto.
Em 2010, as sete agências autorizadas no país para comercializarem pacotes da Copa (Agaxtur, Ambiental, Stella Barros, Pallas, Top Service, Marsans e Tam Viagens) se reuniram com a Fifa para mudar a situação. E conseguiram um acordo para utilizarem os bilhetes das semifinais e final, mesmo sem a participação do Brasil.
O coordenador do grupo de empresas, Douglas Presto, admitiu que a decepção com a queda da seleção nas quartas de final para a Holanda foi visível para os turistas. Ainda assim todos tinham o direito de regressar, mas ninguém o fez.
“Claro que tivemos uma grande decepção. Ninguém vem para ver jogo da Copa, vem para ver o Brasil campeão. Todo mundo sentiu, não tem mais aquela alegria de sair fantasiado para o estádio. Mas normalmente quando isso acontece, a maioria quer ir embora. E ninguém pediu isso, todos quiseram continuar vendo os jogos. Ninguém quer perder a oportunidade de ver uma final de Copa do Mundo”, disse, revelando que um ingresso para a decisão varia entre US$400 e US$7 mil.
A ‘sintonia’ com o país da Copa vai além da oportunidade única. Segundo Presto, os brasileiros sentiram na África um clima semelhante ao da Bahia diante das belas paisagens, da hospitalidade do povo e até de alguns problemas.
“Duvido que alguém não tenha ficado surpreso de uma maneira agradável. Quando chegamos parecia que estávamos na Bahia. Por mais que tenha problemas na qualidade do serviço, outras coisas superam como a dedicação e a humildade das pessoas. Até as baixas temperaturas, um temor inicial, estavam tranquilas”.
Dessa forma, o retorno com o Mundial na África surpreendeu positivamente por se tratar de um destino menos badalado que a europeia Alemanha, por exemplo, em 2006. Nas vendas, nova surpresa. Os quase 6 mil pacotes vendidos superaram a expectativa inicial de 4500.
Presto só lamenta a eliminação da seleção que poderia render números até melhores ao turismo. Segundo ele, se o Brasil avançasse à decisão, a expectativa era de um aumento de 15% a 20% nas vendas dos pacotes de semifinal e final.
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