Luxemburgo admite ser candidato à seleção: "Mas temos outros nomes"

O técnico Vanderlei Luxemburgo admite ser candidato a assumir a seleção brasileira e ocupar a vaga de Dunga, que deixou o cargo depois da eliminação na Copa da África do Sul. Porém, o treinador do Atlético-MG disse que é apenas mais um nome entre outros profissionais preparados para a função.

“Meu nome é um dos nomes que as pessoas falam, mas temos outros nomes, de grandes profissionais que podem chegar à seleção brasileira e desenvolver um projeto, um trabalho”, observou Luxemburgo, em entrevista veiculada pela Rádio Itatiaia.

Para o treinador, caberá ao presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, escolher o treinador que se identifica melhor com o projeto da entidade que comanda o futebol brasileiro.

“Eu sou um profissional preparado, mas têm outros preparados também, que ele (Ricardo Teixeira) tenha a sensibilidade de escolher quem é melhor para o Brasil, e aí o Brasil vai estar caminhando para 2014 com possibilidade”, afirmou Luxemburgo.

A seleção brasileira foi eliminada da Copa da África do Sul nas quartas de final, ao ser derrotada, de virada, pela Holanda por 2 a 1. O técnico Dunga, que havia antecipado que deixaria o cargo depois do Mundial, confirmou a saída.

O presidente da CBF escolherá o novo treinador, que pode dirigir a seleção na Copa de 2014 no Brasil. “O Ricardo tem a competência, é o presidente, sabe aquilo que está fazendo, e vai direcionar para aquela pessoa que ele identificar como o profissional ideal para desenvolver esse projeto”, ressaltou o técnico do Atlético.

Luxemburgo teve uma passagem conturbada pela seleção brasileira no final da década de 1990. Com processo de sonegação fiscal e envolvido nas investigações da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Futebol, que acabou arquivada, o treinador ainda se mostra incomodado com o passado tumultuado.

“Carregar todo esse fardo que as pessoas colocam para cima de mim, negócio de CPI, que eu era isso, que era aquilo, é um peso muito grande, é uma injustiça muito grande comigo”, disse. “Se tivesse de carregar a CPI comigo, acho que muita gente deveria carregar a CPI junto”, acrescentou Luxemburgo.

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