Não deveriam existir motivos para preocupação. O adversário da seleção brasileira nas oitavas de final da Copa do Mundo, segunda-feira, às 15h30 (horário de Brasília), será o Chile. E os chilenos estão acostumados a sofrer diante do futebol brasileiro. Além da ampla desvantagem no histórico de partidas, o Chile não poderá contar com três jogadores fundamentais para os planos do técnico Marcelo Bielsa (todos suspensos) enquanto Kaká retorna ao comando do meio-de-campo brasileiro. Entenda por que o Brasil deve acreditar que vai passear diante de seu próximo rival:
Caso Elano esteja 100% fisicamente até segunda-feira, Dunga poderá contar com todos os jogadores titulares para a partida das oitavas de final. O Chile, por outro lado, perdeu três atletas fundamentais ao esquema tático do treinador Marcelo Bielsa. O volante Marco Estrada, principal fortaleza do meio-de-campo, recebeu o cartão vermelho no jogo contra a Espanha. Waldo Ponce (foto, nº 3), um dos mais precisos e conscientes zagueiros do Mundial, recebeu o segundo amarelo, assim como o polivalente Gary Medel (foto, ao lado de Ponce), o pulmão chileno, dono de um fôlego invejável e fundamental no auxílio à marcação e no apoio ao ataque. |
Dunga iniciou seu trabalho no comando da seleção brasileira em 2006 e, de lá para cá, só guarda boas recordações de partidas disputadas contra o Chile. Sob as ordens do atual treinador, o Brasil fez cinco jogos contra os chilenos e venceu todos com facilidade. Em 2007, os brasileiros ganharam um amistoso por 4 a 0 e triunfaram nas duas partidas realizadas pela Copa América: 3 a 0 e a goleada por 6 a 1. Nas eliminatórias para o atual Mundial, O Brasil surpreendeu o Chile, em Santiago, com um convincente 3 a 0 (2008), e bateu novamente o adversário em Salvador, dessa vez por 4 a 2 (2009). |
O treinador do Chile, o argentino Marcelo “El Loco” Bielsa, é ousado o suficiente para deixar a seleção brasileira grata e feliz. Atrevido e arrojado, o comandante do grupo chileno não tem paciência para resguardar sua equipe ou estudar os primeiros movimentos do adversário. Seu plano de jogo é dinâmico, voltado ao ataque, uma combinação explosiva quando o oponente é frágil e medroso. Porém, os chilenos entram em colapso quando se deparam com um rival compacto, amparado por laterais e atacantes velozes e criativamente dependentes de contra-ataques. O Brasil, que tem dificuldades para romper retrancas, agradece. |
O histórico de confrontos entre as duas seleções mostra ampla vantagem para a seleção brasileira. De acordo com as estatísticas da Fifa, brasileiros e chilenos já disputaram 65 partidas. Deste total, o Brasil ganhou 46 vezes (aproveitamento de 70.7%), perdeu apenas sete e empatou as outras 12; marcou 152 gols e sofreu 55. Em Copas do Mundo, as duas seleções se encontraram somente em duas ocasiões. A primeira, nas semifinais do Mundial de 1962, os chilenos foram derrotados em casa por 4 a 2. Mais de três décadas depois, na Copa da França, o time comandado pelo técnico Zagallo goleou os chilenos de Zamorano (foto) por 4 a 1, nas oitavas de final. |
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