Quem assistiu à vitória da África do Sul por 2 a 1 sobre a França viu uma cena vergonhosa. Ao apito final, Carlos Alberto Parreira foi até o técnico rival Raymond Domenech, para cumprimentá-lo. Irritado, o francês se recusou a apertar a mão do brasileiro e fez vários gestos com a mão.
"Praticamente não teve diálogo nenhum. Por educação e gentileza, fui cumprimentá-lo. Nós trabalhamos no futebol, trabalhamos sobre pressão e eu sabia que ele não era mais o técnico francês. Mas ele se recusou. Disse alguma coisa, mas não entendi. Ele fala em um inglês muito imperfeito. Disse que eu teria ofendido a equipe dele. Mas eu não me lembro de ter dito nada. Em nenhum momento me referi à França com palavras agressivas, só elogios", explicou Parreira.
Raymond Domenech teve mais um dia catastrófico no comando da França. A equipe europeia, atual vice-campeã mundial, deixou a Copa de 2010 com duas derrotas e um empate e volta para casa com uma crise para administrar.
Na sua última entrevista à frente dos Le Bleus, o treinador se recusou a responder algumas perguntas e ainda revelou que Abidal pediu para não jogar.
“Estou muito triste, e essas perguntas não gostaria de responder”, falou, ao ser questionado se a França poderia ter deixado a África do Sul antes mesmo de disputar a última partida pelo Grupo A.
“O Abidal falou que não estava se sentindo bem e preferiu ficar no banco”, informou Domenech, ao ser indagado se algum atleta se recusou a entrar em campo.
Nos últimos dias, alguns jogadores se revoltaram contra o comando francês. Anelka discutiu com Domenech, foi cortado e retornou para a Europa. Evra disse que existia um traidor no grupo e no dia seguinte discutiu com o preparador físico Robert Duverne.
Mesmo assim, Domenech elogiou o grupo e desejou boa sorte ao seu sucessor Laurent Blanc. “Estou triste, pois esta equipe tem potencial e tudo para dar certo. Foram momentos excelentes. A França não morre nunca e tem uma geração forte que pode conquistar bons resultados. Desejo boa sorte ao treinador [Blanc], e ele pode acreditar que a próxima geração é muito boa.”
O técnico aprovou a postura de sua equipe no jogo de despedida. Com um a menos desde o primeiro tempo, o selecionado europeu conseguiu fazer um gol no segundo tempo e diminuiu a vantagem dos Bafana Bafana.
“Hoje vi a verdadeira França, que teve espírito de luta e não se entregou. Quando as coisas não dão certo, não dão. Estou triste e decepcionado, assim como todos os jogadores”, finalizou.
*Atualizado às 14h14
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