02/06/2010 - 17h38

Sob péssimas condições climáticas, Sérvia e Polônia ficam no zero

Do UOL Esporte
Em São Paulo

Sérvios e poloneses estão acostumados a condições climáticas mais duras. Ainda assim, numa partida disputada sob chuva torrencial, num gramado cheio de poças d’água e escorregadio como um rinque de patinação europeu – apesar do verão que se aproxima no hemisfério norte – as seleções de ambos os países não conseguiram fazer seu futebol deslanchar e ficaram no 0 a 0.

A Sérvia entrou em campo na cidade de Kufstein, na região montanhosa do Tirol, na Áustria, para tentar reanimar sua torcida após uma inesperada derrota por 1 a 0 contra a Nova Zelândia no último sábado. Já a Polônia inicia sua preparação para as Eliminatórias da Eurocopa de 2012, que irá, aliás, sediar ao lado da Ucrânia.

Porém, o que se viu em campo foi mais um teste físico do que uma partida de futebol, para decepção dos torcedores sérvios que faziam barulho com buzinas na arquibancada. No primeiro tempo, a Polônia, talvez sem a preocupação de perder algum jogador para a Copa do Mundo e por isso um pouco mais solta, esteve ligeiramente melhor.

Aos 16 minutos, o polonês Peszko, de frente para o gol, esteve perto de disparar um forte chute, mas Subotic deu um carrinho certeiro, em cima da hora, para mandar a bola para o escanteio. Na cobrança do corner, no primeiro pau, Lewandowski desviou a bola em direção ao gol, mas Kolarov conseguiu tirar em cima da linha.

Cinco minutos depois, mais perigo na área da Sérvia. Blaszczkowski cruzou na área e o goleiro Isailovic, reserva que ganhou chance na primeira etapa, saiu mal e deixou a bola escapar em meio a vários jogadores poloneses. Mas o sérvio Ivanovic chegou antes de todos e isolou, para alívio do arqueiro.

A partir da segunda metade da etapa inicial a Sérvia começou a chegar mais. Vinte e oito minutos passados, Lazovic cabeceou bem, no canto do gol, após cruzamento de Milos Krasic, mas o goleiro Fabianski chegou a tempo de defender, sem maiores percalços.

Continuando seu movimento ofensivo, a Sérvia chegou novamente, mas foi prejudicada pela arbitragem. A onze minutos do fim da primeira etapa, Jovanovic se infiltrou pela esquerda e chegaria com chances reais de gol, se o assistente não levantasse a bandeira erroneamente para anular uma situação clara.

Ainda querendo mostrar serviço antes do término dos 45 minutos, os sérvios chegaram mais uma vez, quando Jovanovic entrou bem pela esquerda e cruzou rasteiro para o meio da área. Mas Dejan Stankovic, meia da Inter de Milão, na tentativa de completar, foi parar ele mesmo no fundo do gol – a bola, não.

Para o segundo tempo, o técnico Radomir Antic resolveu colocar mais atletas para correr e trocou quatro jogadores, entre eles Dejan Stankovic e o goleiro Isailovic, que foi substituído pelo titular Vladimir Stojkovic. Minutos depois, mais dois atletas entraram e a Sérvia realizou as seis substituições permitidas para o jogo.

Tosic foi um dos que entrou, e com dois minutos em campo já levou perigo ao gol polonês em falta batida desde a direita da intermediária. A bola iria quicar à beira da trave e entrar, se o goleiro Fabianski não deslizasse para prendê-la entre seus braços – uma bela ação, se consideradas as condições de tempo desfavoráveis.

Os sérvios tomaram um pouco mais de atitude, mas nada que pudesse ser chamado de uma pressão sobre os poloneses, que se mantinham sóbrios taticamente e menos agressivos ofensivamente, ainda que chegassem vez ou outra em cobranças de falta ou lançamentos.

Assim, se os poloneses tiveram uma boa chance com chegada de Lewandowski pela direita, em boa defesa de Stojkovic fechando o ângulo da batida, os sérvios trataram de responder.

Na melhor das oportunidades da Sérvia em toda a partida, aos 28 minutos, Pantelic perdeu um gol incrível. Após cruzamento pela direita feito por Mrdja, a bola passou por dois defensores poloneses e pelo goleiro Fabianski, mas Pantelic, livre, chutou de primeira por cima. Mais uma chance que as péssimas condições do gramado ajudaram a desbaratar. Ou teria sido culpa da bola Jabulani, que voou como um pombo sem asa em direção ao nada?

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