Rivais neste domingo na final da Copa do Mundo, Holanda e Espanha têm características de jogo semelhantes. Ambas seleções europeias adotam um estilo mais ofensivo e não priorizam apenas a marcação. A Laranja Mecânica atingiu o sucesso em Copas antes dos espanhóis, quando foi por duas vezes vice-campeã (em 1974 e 1978). Já a evolução da Fúria é mais recente, e parte se deve à influência dos holandeses.
Seis treinadores da Holanda passaram por Barcelona e Real Madrid, maiores clubes do país ibérico, e deixaram seus rastros. Confira abaixo os técnicos que registraram seus nomes na história do futebol espanhol.
Considerado o inventor do "carrossel" da Laranja Mecânica, na década de 1970, Rinus Michels foi eleito o melhor técnico do século passado pela Fifa. O holandês teve uma longa passagem pelo Barcelona (1971-75 e 1976-78), e foi campeão da Liga Espanhola e da Copa do Rei. Na Espanha, estabeleceu uma conexão entre o futebol holandês e o Barça, algo que existe até hoje. Era adepto do "futebol total", e pedia a seus jogadores para não guardarem posição em campo.
Maior jogador de todos os tempos da Holanda, Cruyff virou ídolo do Barcelona dentro e fora de campo. Como jogador, foi campeão espanhol e da Copa do Rei na década de 1970. Como técnico, faturou mais quatro campeonatos nacionais e a Liga dos Campeões da Europa, em 1992, com o chamada 'Dream Team'. Sempre priorizou atletas de técnica refinada e exigia que assim fosse nas categorias de base do Barça. "Ele só usava jogadores de grande técnica", declarou Josep Guardiola, zagueiro revelado por Cruyff e hoje técnico do time catalão. Virou presidente de honra do clube, mas entregou o cargo há nove dias.
Como jogador, sempre atuou no futebol holandês e nunca obteve destaque. Como treinador, dirigiu grandes clubes, entre eles o Barcelona, onde foi bicampeão espanhol e faturou a Copa do Rei. Van Gaal se declara aprendiz de Rinus Michels e carrega a fama de não gostar de atletas brasileiros. Nas duas passagens pelo Barça, montou um esquadrão repleto de jogadores holandeses. Foi campeão nacional por duas vezes e ainda levantou uma Copa do Rei. Entre os astros que dirigiu está o brasileiro Rivaldo, com quem trocou farpas.
Indicado por Cruyff para comandar o Barcelona, Frank Rijkaard, que fez sucesso no Milan e na seleção da Holanda como meio-campista durante as décadas de 1980 e 90, montou um time que tinha em Ronaldinho Gaúcho o seu principal destaque. Não encheu o elenco catalão de conterrâneos, como fizeram outros técnicos de seu país, mas preservou a postura ofensiva da equipe, principal influência dos holandeses na Espanha. Faturou a Liga dos Campeões 2005/06 e foi bicampeão nacional.
No Real Madrid, dois treinadores holandeses tiveram uma trajetória de títulos. Leo Beenhakker (esq.) comandou a equipe merengue no fim da década de 1980 e início de 90. Faturou por três vezes o campeonato espanhol, além de ter ganho uma Copa do Rei. Guus Hiddink teve uma passagem curta pelo Real, mas ganhou a Copa Intercontinental ao bater o Vasco, em Tóquio, em 1998. Ficou mais famoso pelos bons trabalhos que realizou em seleções modestas, como a Coreia do Sul (semifinalista da Copa de 2002) e a Austrália (chegou até as oitavas de final de 2006, após 32 anos longe de uma Copa).
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