Gallas

William Gallas tem crédito com os torcedores franceses. Considerado o sucessor de Marcel Desailly, importante figura do título mundial de 1998, firmou-se na seleção principal logo após o fracasso dos "Bleus" na Copa da Ásia, em 2002 e foi considerado por certo tempo o “talismã” de Raymond Domenech, que entre 2004 e 2008 não perdeu nenhum jogo com o zagueiro em campo (a final da Copa de 2006 terminou empatada).

O jogador atua na zaga, mas pode ser aproveitado também na lateral esquerda. Tem como principais características força, velocidade e obediência tática.

Gallas por muito pouco abandonou o futebol aos 13 anos de idade: nascido na França, os pais de William iriam regressar à sua Guadalupe natal e queriam levar seu filho, que por sua vez estava determinado a se formar jogador de futebol. Ao final, seus pais cederam e Gallas ficou morando no centro de treinamento do Clairefontaine, sua equipe nos tempos de categoria de base.

Em 1995, aos 18 anos, disputou 16 jogos da primeira divisão pelo Caen. Quatro anos depois, já no Olympique de Marselha, foi considerado a revelação do Campeonato Francês.

A consistência defensiva apresentada na competição despertou o interesse de vários clubes europeus. Em 2001, o Chelsea entrou no leilão e conseguiu levá-lo para Londres, onde virou titular e brilhou principalmente na temporada 2004/2005, quando ajudou os londrinos a levantarem a taça do Campeonato Inglês e da Copa da Liga Inglesa.

A estreia de Gallas pela França aconteceu durante as eliminatórias para a Eurocopa de 2004, na vitória sobre a Eslovênia, por 2 a 0. Desde então, o defensor tornou-se uma espécie de aluno de Desailly, com quem chegou a formar dupla de zaga durante seus primeiros jogos pela seleção.

A participação de Gallas na Copa do Mundo da Alemanha foi discreta e eficiente. Não brilhou tanto quanto o companheiro de setor Thuram, mas disputou todas as sete partidas da equipe na competição e não foi substituído por um minuto sequer. Outro detalhe que chamou a atenção foi o fato do jogador não ter recebido nenhum cartão amarelo.

Após o Mundial de 2006, Gallas foi contratado pelo Arsenal. Desde então, o zagueiro é uma das figuras mais importantes do time, recebeu a camisa 10 herdada do grande ídolo Dennis Bergkamp e chegou a ser capitão até o fim da temporada 2008/2009, quando perdeu a braçadeira para Cesc Fábregas.

Titular absoluto nas eliminatórias para a Copa da África do Sul, Gallas foi o autor do polêmico gol da classificação francesa contra a Irlanda, após Thierry Henry dominar a bola com a mão e tocar no meio da área para o zagueiro completar.