Nam-il

Mesmo em tempos de globalização, o futebol ainda carrega alguns conceitos pré-concebidos. Um deles é que os jogadores orientais são marcadores incansáveis, que levam o drible e voltam a se postar diante do adversário

Quem representa esse conceito é o volante Kim Nam-Il, que tem um apelido na medida: "The hoover", ou "O Aspirador de Pó". Caçula de uma família de quatro filhos homens, Nam-Il é o cabeça-de-área típico e faz o serviço sujo da seleção coreana.

Começou a carreira como um meia-atacante de equipes colegiais e universitárias. Nesta posição, defendeu o país nas categorias de base. Em 1998, fez sua estreia pela seleção principal, contra o Vietnã.

Em janeiro de 2001, o holandês Guus Hiddink assumiu o comando técnico dos "Diabos Vermelhos" e teve a ideia de utilizar Nam-Il como volante, transformando-o em um exímio marcador. Suas principais características são a marcação forte, o preparo físico e a garra. Às vezes chega a ser violento, mas é de grande utilidade para a equipe.

Na Copa de 2002, Nam-Il disputou todos os jogos da primeira fase. Nas oitavas de final, contra a Itália, torceu o tornozelo, o que provocou sua saída de campo na partida seguinte, pelas quartas, contra a Espanha.

Apesar de ter passado por uma operação no pé em 2005, o jogador esteve no Mundial do 2006 e foi utilizado em todas as partidas pelo técnico Dick Advocaat. Não brilhou como quatro anos antes, mas sempre que esteve em campo mostrou muita determinação. Foi substituído somente na estreia por Eul-Yong.

Por clubes, Nam-Il iniciou a carreira profissional no Chunnam Dragons, em 2001. Após o sucesso na Copa, transferiu-se para o Excelsior Rotterdam, da Holanda, na esperança de ser chamado para atuar em algum clube grande da Europa. Não conseguiu o objetivo e retornou aos Dragons em 2003. Após passagens pelo futebol de seu país e no Japão, Nam-Il defende atualmente o russo Tomsk.