Burdisso

O zagueiro Nicolás Burdisso fez sua estreia pela seleção principal argentina em janeiro de 2003, em um amistoso contra Honduras. A Argentina venceu por 3 a 1, mesmo com um time formado por dez estreantes. Burdisso não teve boa atuação, sendo driblado pelo rival Martinez, que marcou o gol de honra dos anfitriões.

Mas Burdisso ganhou destaque no ano seguinte, quando foi capitão do time que venceu o torneio classificatório para as Olimpíadas de Atenas. Nos Jogos da Grécia, como reserva, ajudou a seleção a conquistar a primeira medalha de ouro olímpica de sua história, de forma invicta. Em 2005, atravessou problemas familiares, mas defendeu a seleção nas eliminatórias para a Copa 2006, o que o credenciou para participar do torneio na Alemanha.

Ele foi titular nos três jogos da primeira fase, ajudando a Argentina a avançar às oitavas de final. Mas na partida contra a Holanda, a última da etapa inicial, sofreu uma lesão e foi substituído ainda no primeiro tempo. Não conseguiu se recuperar a tempo de voltar a defender a seleção, eliminada nas quartas de final pela Alemanha, nos pênaltis.

Antes de chegar à seleção adulta, o zagueiro mostrou trabalho nas categorias de base, integrando a equipe vice-campeã sul-americana sub-20, em 2001, e no mesmo ano, foi campeã mundial sub-20. No torneio continental, ele marcou seu primeiro gol pela Argentina, o único da vitória sobre o Equador, nas oitavas de final.

Sua participação no Mundial de Juniores foi um problema para o Boca Juniors, seu time à época, que contava com o jogador para as finais da Libertadores contra o Cruz Azul. Burdisso participou do jogo de ida, mas no de volta, já estava com a seleção.

No Boca, para onde foi em 1998, se desenvolveu, ficando seis anos no clube, período em que conquistou praticamente todos os títulos que podia. No ano 2000, o Boca foi campeão do Torneio Apertura, da Libertadores e do Mundial Interclubes. Na Libertadores, o zagueiro foi titular da equipe que derrotou o Palmeiras por 4 a 2 nos pênaltis para levar o título. Na final do Mundial Interclubes, Burdisso viu da reserva os argentinos vencerem o Real Madrid por 2 a 1.

Na temporada seguinte, o jogador firmou-se como titular e participou da conquista de mais um título da Libertadores, depois de eliminar o Palmeiras na semifinal e passar pelo Cruz Azul, do México, na final. Em 2003, a equipe recuperou o troféu do Mundial Interclubes, ao vencer o Milan, conquistou a Libertadores mais uma vez, passando pelo Santos na decisão, e também levou o Torneio Apertura.

Em 2004, Burdisso marcou o único gol do Boca na decisão da Libertadores contra o Once Caldas, que terminou empatada por 1 a 1 no tempo normal. Nos pênaltis, o adversário levou a melhor.

Após o torneio, o zagueiro assinou por quatro anos com a Inter de Milão. Sua trajetória no clube italiano não foi muito fácil. Ele mal havia começado a se firmar na equipe e teve de se afastar por seis meses, até setembro de 2005, para acompanhar um tratamento de saúde de sua filha na Argentina.

O clube, no entanto, apostou no jogador, esperou por sua volta e recusou ofertas por seu passe, levando em consideração a força física e a versatilidade de Burdisso, que, sob o comando do técnico Carlos Bianchi no Boca, aprendeu a jogar em todas as posições de defesa.

Depois do retorno ao clube, ele voltou a ganhar espaço no clube e recuperou a titularidade. Mas depois de cinco anos em Milão, o zagueiro foi negociado com a Roma para a disputa da temporada 2009/2010.