Com uma defesa muito segura, um time bastante experiente e um Paolo Rossi inspirado nos três jogos decisivos do Mundial, a Itália conseguiu em 1982 ao menos três proezas: a primeira, voltar a ganhar uma Copa após 44 anos.
A segunda, igualar-se à seleção brasileira, até então a única tricampeã. A terceira - talvez a mais importante e difícil -, superar um enorme número de problemas durante a preparação e a própria competição no caminho rumo ao título.
A Itália foi à Copa da Espanha bastante desacreditada. Não era para menos. O time havia colhido resultados pífios nos jogos de preparação. A principal estrela e artilheiro do time, o atacante Bettega, contundido, não tinha condições de disputar nenhuma partida. Para o seu lugar, Paolo Rossi, eterna promessa que acabara de voltar de uma suspensão de dois anos, foi convocado.
O futebol apresentado e os resultados da Itália na primeira fase do Mundial não ajudaram em nada a melhorar o ambiente. Em três jogos, três empates (contra Polônia, Peru e Camarões) e apenas dois gols marcados. A classificação à segunda fase veio apenas no número de gols marcados.
Na segunda fase, a Itália entrou como o 'azarão' em um grupo que tinha ainda Brasil (o destaque da Copa) e Argentina (então a atual campeã). Mas, logo no primeiro jogo, os italianos bateram os argentinos: 2 a 1.
Contra o Brasil, a Azurra precisava da vitória para ir às semifinais. E conseguiu. Paolo Rossi desencantou, marcando três gols. A defesa, baseada no ótimo líbero Scirea e nos esforçados Cabrini e Gentile, funcionou bem - como aconteceu em todo o Mundial. E, quando falhou, havia no gol Dino Zoff, ainda seguro e ágil aos 40 anos.
A vitória sobre os brasileiros parece ter dado ânimo extra aos italianos. Na semifinal, a equipe comandada pelo técnico Enzo Bearzot superou a Polônia, por 2 a 0, graças a mais dois gols de Rossi.
Na decisão contra a Alemanha, o primeiro tempo foi estudado e carente de emoções. Os alemães atacavam mais, mas a defesa italiana não cedia. E foi a Itália quem protagonizou o lance mais importante do primeiro tempo. Aos 24min, Cabrini bateu um pênalti para fora.
Na segunda etapa, a seleção italiana voltou mais ofensiva. E, aos 11min, brilhou, mais uma vez, a estrela de Paolo Rossi. O atacante marcou, de cabeça, o primeiro gol, abrindo caminho para a vitória italiana por 3 a 1. Mais de quatro décadas depois do bicampeonato, a Itália levava a Copa para casa pela terceira vez.
"Tanto reclamaram que vai ser difícil explicar como uma seleção tão ruim foi campeã." Bruno Conti ironiza críticos após a conquista do título da Itália
Data | Fase | Jogos |
---|---|---|
14/06/1982 | 1ª fase | Itália 0 x 0 Polônia |
18/06/1982 | 1ª fase | Itália 1 x 1 Peru |
18/06/1982 | 1ª fase | Itália 1 x 1 Camarões |
29/06/1982 | 2ª fase | Itália 2 x 1 Argentina |
05/07/1982 | 2ª fase | Itália 3 x 2 Brasil |
08/07/1982 | Semifinal | Polônia 0 x 2 Itália |
11/07/1982 | Final | Itália 3 x 1 Alemanha |
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