A Copa de 1974 ficou marcada por mostrar ao mundo uma das melhores equipes de todos os tempos: a "Laranja Mecânica" holandesa. Com um futebol dinâmico e participativo, a equipe do craque Johan Cruyff encantou, mas não conseguiu superar a força física e obediência tática da Alemanha Ocidental.
O resultado, entretanto, não pode ser considerado uma surpresa. Afinal, os alemães jogavam em casa e vinham de um ótimo retrospecto: vice-campeões em 1966 e terceiros colocados em 1970. Além disso, a equipe possuía um bom elenco: o goleiro Sepp Maier, o capitão Franz Beckenbauer na zaga, o hábil Overath no meio, e o artilheiro Gerd Müller na frente.
A Alemanha Ocidental, porém, realizou duas Copas 'distintas'. Na primeira fase, os donos da casa ainda não haviam se encontrado, e o futebol apresentado era apenas regular. Assim, penou para bater o Chile na estreia (1 a 0), foi bem diante da fraca Austrália (3 a 0), mas acabou derrotada pela Alemanha Oriental (1 a 0).
Entrou em cena então o trabalho do treinador Helmut Schon. Ele reuniu o elenco e teve uma conversa franca e forte com os jogadores. A bronca surtiu efeito: 2 a 0 sobre a Iugoslávia, 4 a 2 na Suécia e um difícil 1 a 0 sobre a outra grande equipe do grupo, a Polônia.
A final contra a Holanda foi emocionante. Com apenas dois minutos de jogo, o árbitro marcou um pênalti a favor dos visitantes. Neeskens converteu e colocou os holandeses em vantagem. Os alemães não se abateram e empataram também de pênalti: Breitner, aos 25min. A seleção holandesa reclamou muito da arbitragem do inglês John Taylor, que teria caído na encenação do alemão Hölzenbein.
A dois minutos do final do primeiro tempo, brilhou a estrela do artilheiro Müller, que dividia a artilharia das Copas com francês Just Fontaine. Müller recebeu a bola dentro da área holandesa, virou com perfeição e colocou os alemães em vantagem. O gol fez dele o maior artilheiro da história do torneio até então, com 14 gols.
No segundo tempo, o forte ataque holandês pressionou bastante os anfitriões, mas não conseguiu ultrapassar a "muralha" formada por Maier e pelos defensores, com Vogts e Beckenbauer à frente. Assim, com um time capaz de reverter um gol tomado logo nos primeiros minutos de jogo e forte o suficiente para resistir por uma etapa inteira ao poderoso ataque holandês, a Alemanha quebrou um jejum de 20 anos e voltou a ser campeã mundial.
"Nossa preferência era fazer a final contra o Brasil. Afinal, eram os tricampeões, seria muito melhor ganhar de uma seleção com tradição." Breitner, autor do primeiro gol alemão na final da Copa de 1974 contra a Holanda
Data | Fase | Jogos |
---|---|---|
14/06/1974 | 1ª fase | Alemanha Ocidental 1 x 0 Chile |
18/06/1974 | 1ª fase | Alemanha Ocidental 3 x 0 Austrália |
22/06/1974 | 1ª fase | Alemanha Ocidental 0 x 1 Alemanha Oriental |
26/06/1974 | 2ª fase | Alemanha Ocidental 2 x 0 Iugoslávia |
30/06/1974 | 2ª fase | Alemanha Ocidental 4 x 2 Suécia |
03/07/1974 | 2ª fase | Alemanha Ocidental 1 x 0 Polônia |
07/07/1974 | Final | Alemanha Ocidental 2 x 1 Holanda |
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