O "Rei do Futebol" encerrou com chave de ouro sua participação em Mundiais. No auge da carreira, aos 29 anos, fez 4 gols, o mais importante na final contra a Itália. Imortalizou lances fantásticos que não terminaram em gol - como o chute do meio de campo contra a Tchecoslováquia, a cabeçada defendida pelo inglês Gordon banks e o drible de corpo no goleiro Mazurkiweicz. Antes da Copa de 1970, entretanto, Pelé teve a majestade contestada. Houve quem o criticasse, dissesse que ele não era mais o mesmo.
Considerada por muitos a melhor seleção de todos os tempos, a equipe brasileira que conquistou o tri na Copa de 70 reuniu uma verdadeira constelação. Em campo, craques como Tostão, Rivellino, Gérson, Carlos Alberto Torres e Jairzinho, eram os coadjuvantes da estrela maior: Pelé. Com um futebol ofensivo, belo e eficiente, o Brasil encantou o mundo e garantiu o título com autoridade.
O currículo de Müller dispensa apresentações. "O Bombardeiro", seu apelido, é considerado um dos melhores atacantes da história. No México, ele formou com Wolfgang Overath, outra lenda do futebol alemão, uma dupla de ataque poderosa. Gerd Müller balançou as redes 10 vezes, tornando-se o terceiro na lista dos jogadores que mais marcaram em uma mesma edição da Copa do Mundo. Só passou em branco na decisão do terceiro lugar, contra o Uruguai. Marcou três gols em duas partidas, diante de Bulgária e Peru, ainda na 1ª fase.
"O Gato", como era conhecido, defendeu a Alemanha Ocidental em quatro Copas: 66, 70, 74 e 78. Reserva de Hans Tilkowski quatro anos antes, Maier foi figura importante na conquista da terceira colocação. Só não participou da decisão pelo lugar no pódio, em que os alemães venceram o Uruguai por 1 a 0. Mesmo assim, foi eleito o melhor goleiro em um torneio que tinha Banks e Mazurkiweicz.
A seleção peruana aprontou mesmo antes de chegar ao México. Durante as eliminatórias para o Mundial, a equipe comandada pelo craque Teófilo Cubillas desclassificou a poderosa Argentina. Na Copa, o Peru, dirigido pelo brasileiro Didi, ficou em segundo lugar do Grupo 4, atrás do México. O time parou apenas nas quartas de finais, quando foi derrotado por 4 a 2 pelo Brasil. Cubillas foi o terceiro artilheiro da competição, com cinco gols.
Aos 45min do primeiro tempo da partida entre México e El Salvador, pela segunda rodada do Grupo 1 da primeira fase, nenhum dos dois times havia aberto o marcador. Os salvadorenhos tinham uma falta a seu favor no campo de defesa. Inexplicavelmente, o mexicano Padilha tocou a bola e o jogo seguiu como se nada tivesse acontecido. Na sequência do lance inusitado, Valdivia recebeu bola cruzada na área e, sem marcação, empurrou para a rede. O árbitro egípcio Aly Hussein Kandil nada fez e validou o gol, que abriu caminho para a goleada mexicana, mas jamais voltou a ser escalado para um jogo de Copa.
Na última partida do Grupo 2, ainda pela primeira fase, os italianos tiveram muita dificuldade contra Israel e não conseguiram mais do que um empate sem gols. Menos de 10 mil pessoas presenciaram o vexame no estádio Luis Dosal, em Toluca. O curioso é que, após uma primeira fase burocrática (vitória sobre a Suécia e empates contra Israel e Uruguai), a Azurra encontrou forças para chegar à final.
A televisão começou a dar as cartas a partir da Copa do México. Primeira a ter transmissão ao vivo para todo o mundo, a competição teve vários jogos disputados sob o sol do meio-dia. Tudo para atender à programação das emissoras. Outro tormento para as seleções foi a altitude - o estádio Azteca, onde foi realizada a final entre Brasil e Itália, está mais de 2 mil metros acima do nível do mar.
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