Em 1966, a Inglaterra já havia perdido grande parte do prestígio por ter sido a "inventora" do futebol. Também não era um celeiro de craques como Brasil e Argentina. Mas possuía uma boa seleção: um goleiro seguro (Gordon Banks), um zagueiro de classe (Bobby Moore), um meia de qualidade (Bobby Charlton) e um atacante bastante oportunista (Geoffrey Hurst).
Graças ao apoio da torcida e à "simpatia" das arbitagens, entrou na Copa como uma das favoritas ao título. Mesmo assim, o time patinou na primeira fase. A estreia aconteceu no dia 11 de julho, em Wembley, contra o Uruguai. Mais de 87 mil pessoas viram um jogo truncado, que acabou sem gols.
O English Team continuou apresentando um futebol pragmático, previsível e com pouca inspiração nas duas partidas seguintes. Sem convencer, obteve duas vitórias por 2 a 0, sobre México e França, garantindo a classificação em primeiro lugar no grupo 1.
Os árbitros começaram a beneficiar os anfitriões a partir das quartas de final. Em um duelo conturbado com a Argentina, a Inglaterra abusou do jogo violento contra os habilidosos sul-americanos. Irritado, Rattin tentou reclamar com o árbitro alemão Rudolf Kreitlein, que não entendeu nada e ainda expulsou o argentino. Com um jogador a mais, os ingleses alcançaram a vitória por 1 a 0, graças a gol de Hurst no segundo tempo.
Sensação da Copa, Portugal, que havia eliminado o bicampeão Brasil na primeira fase, foi o adversário da semifinal. Bem marcado, o craque Eusébio não mostrou o mesmo brilho de partidas anteriores e, apesar do gol de pênalti nos minutos finais, não conseguiu evitar a derrota por 2 a 1 - os dois gols ingleses foram de Bobby Charlton.
Ambas adeptas do "futebol força", que começava a sobrepujar a técnica, Inglaterra e Alemanha Ocidental fizeram uma final emocionante. No primeiro tempo, Haller colocou os alemães em vantagem, mas Hurst empatou pouco depois. No segundo tempo, Peters deu a vantagem aos ingleses aos 33min. Quando 95 mil pessoas já comemoravam, Weber empatou, no último minuto.
Aos 11min da prorrogação, aconteceu um dos lances mais polêmicos da história dos Mundiais: o atacante inglês Hurst dominou uma bola levantada na área e chutou. A bola bateu no travessão, caiu sobre a linha e voltou. Para desespero dos alemães, o árbitro suíço Gottfried Dienst confirmou o gol inexistente.
No último minuto de jogo, Hurst partiu no contra-ataque e, mesmo com a invasão de três torcedores, marcou o quarto gol inglês, fechando o placar em 4 a 2. Mesmo percebendo a irregularidade, o árbitro nada marcou e validou a jogada, manchando ainda mais a conquista dos donos da casa.
"O que foi aquele gol? A bola cruzou a linha? Eu não sei a resposta. E eu não acho que saberei" Geoffrey Hurst, autor do polêmico gol da final da Copa do Mundo
Data | Fase | Jogos |
---|---|---|
11/07/1966 | 1ª fase | Inglaterra 0 x 0 Uruguai |
16/07/1966 | 1ª fase | Inglaterra 2 x 0 México |
20/07/1966 | 1ª fase | Inglaterra 2 x 0 França |
23/07/1966 | Quartas | Inglaterra 1 x 0 Argentina |
26/07/1966 | Semifinal | Inglaterra 2 x 1 Portugal |
30/07/1966 | Final | Inglaterra 4 x 2 Alemanha Ocidental |
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