Capitão da equipe, Ferenc Puskas comandou a fabulosa seleção húngara com gols (quatro), passes e jogadas de habilidade com o pé esquerdo. Nem a derrota na final contra a Alemanha lhe tirou o título de melhor jogador da Copa de 1954. Dois anos depois, Puskas abandonou a Hungria por causa da intervenção soviética no país. Suspenso pela Associação Húngara de Futebol, ficou 18 meses afastado até ir para o Real Madrid. Naturalizou-se espanhol e disputou a Copa seguinte por sua nova pátria, encerrando a carreira em 1966.
Com média de idade superior a 28 anos, a Alemanha Ocidental surpreendeu o mundo ao ganhar a Copa pela primeira vez na Suíça. Esperto, o técnico Sepp Herberger poupou vários titulares na derrota para a Hungria, classificando-se com duas goleadas sobre a Turquia. Na final, os alemães compensaram inferioridade técnica com preparo físico, o que levantou até suspeita de doping.
Aos 25 anos, o húngaro Sandor Kocsis marcou 11 gols e foi o maior artilheiro da Copa da Suíça. Especialista no jogo aéreo, ganhou o apelido de "Cabeça de Ouro". Ao lado de Puskas, Bozsik, Hidegkuti e Czibor, formava a base da famosa seleção da Hungria dos anos 50. Nascido em Budapeste, atuou nos principais clubes da Hungria. Em 1956, após a invasão de Budapeste por tropas soviéticas, Kocsis deixou o país. Passou pelo futebol suíço antes de chegar ao Barcelona, onde permanceu até o fim da carreira, aos 37 anos.
Foi um dos pilares da "seleção de ouro" da Hungria na década de 50. Chamado de "Pantera Negra", ficou conhecido por suas constantes saídas de gol com os pés, como se fosse um jogador de linha, inovando o papel que os goleiros tinham até então. Na Copa da Suíça, levou dez gols em cinco jogos, o que não é uma marca tão boa assim. Mas seu estilo de jogo conquistou críticos e jogadores.
Segunda colocada em 1938 e campeã olímpica dois anos antes, a Hungria era a grande favorita ao título. Não perdia desde junho de 1950, num total de 27 jogos (23 vitórias e quatro empates) até o início da Copa. Com craques como Puskas, Kocsis e Czibor, a Hungria arrasou todos os rivais até a final, inclusive o Brasil, marcando 25 gols em apenas quatro jogos. Mas caiu contra a Alemanha.
A Hungria defendia uma invencibilidade de 31 jogos. Além disso, contava com a volta do craque Puskas, recuperado de contusão no tornozelo. Os húngaros começaram arrasando e, aos 9min, já venciam por 2 a 0 . Mas a Alemanha reagiu rápido e empatou antes do intervalo. Melhores fisicamente no 2º tempo, os alemães marcaram no contra-ataque, aos 39min, com Rahn.
Com 42 faltas marcadas, um exagero para a época, o duelo entre Brasil e Hungria pelas quartas de final foi um dos mais violentos da história. Após muitos desentendimentos e agressões, dois brasileiros (Nilton Santos e Humberto) e um húngaro (Boszik) foram expulsos. Nem mesmo o fim do jogo acalmou os ânimos. Na saída para os vestiários, a pancadaria só aumentou, com direito a socos, garrafadas e até "chuteiradas". A Fifa lamentou o episódio, mas não puniu ninguém.
Em partida da primeira fase, a Suíça teve a ajuda do árbitro brasileiro Mario Vianna para vencer a Itália. Além de tolerar o jogo desleal dos suíços, Vianna anulou um gol legítimo do italiano Lorenzi, marcando impedimento que não existiu. O juiz chegou a ser cercado pelos jogadores italianos, com os quais discutiu e trocou empurrões durante o jogo.
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