Sem a mesma força dos tempos da "Celeste Olímpica", o Uruguai deixou Montevidéu dez dias antes do início da Copa do Mundo. Formada basicamente por jogadores de Nacional e Peñarol, a equipe chegou ao Brasil bastante desacreditada. Nem mesmo os próprios uruguaios apostavam na conquista do título.
Dois meses antes do Mundial, o Uruguai enfrentou o Brasil três vezes pela Copa Rio Branco. A equipe celeste venceu o primeiro por 4 a 3, mas perdeu os dois seguintes por 3 a 2 e 1 a 0, respectivamente. Mas a sorte logo começou a sorrir para os primeiros campeões mundiais. No sorteio dos grupos, o Uruguai foi beneficiado e caiu na chave número quatro, ao lado apenas da Bolívia. A única partida da chave foi disputada no Independência, e os uruguaios venceram por 8 a 0, com gols de Miguez (3), Schiaffino (2), Vidal, Perez e Ghiggia.
Os quatro finalistas foram agrupados em um grupo único com todos jogando entre si. A estreia foi contra a Espanha, no estádio do Pacaembu, em São Paulo. Ghiggia marcou o primeiro gol, aos 29min, mas os espanhóis viraram ainda no primeiro tempo, com dois gols de Barosa. No segundo tempo, o capitão Obdulio Varela garantiu o empate ao Uruguai.
O jogo seguinte foi contra a surpreendente seleção da Suécia, e novamente o Uruguai foi para o intervalo atrás no marcador. Entretanto, dois gols de Oscar Miguez nos últimos 15 minutos fizeram com que os sul-americanos vencessem a partida por 3 a 2.
O Brasil havia vencido os dois primeiros jogos da fase final - massacres sobre Suécia (7 a 1) e Espanha (6 a 1) - e chegou para a partida contra os uruguaios com a vantagem de jogar pelo empate. Mas aconteceu o que ninguém esperava.
Sob os olhares de 174 mil pessoas presentes ao Maracanã, público recorde em Copas, os brasileiros foram surpreendidos. Após saírem na frente, com Friaça, os vizinhos sul-americanos viraram, com gols de Schiaffino e Ghiggia.
Atrás do marcador, o Brasil não conseguiu reagir. A torcida, muda, viu o Uruguai tocar a bola nos minutos finais e sagrar-se bicampeão mundial. Os jogadores da Celeste, no entanto, tiveram que esperar o desembarque em Montevidéu para comemorar. As ruas brasileras foram tomadas por um silêncio fúnebre.
"Não gostei de ver aqueles 200 mil torcedores tristes; não gostei de ver o Rio sem carnaval. Era campeão e não sentia uma total alegria pelo feito" Obdulio Varela, capitão do Uruguai
Data | Fase | Jogos |
---|---|---|
02/07/1950 | 1ª fase | Uruguai 8 x 0 Bolívia |
09/07/1950 | Fase final | Uruguai 2 x 2 Espanha |
13/07/1950 | Fase final | Uruguai 3 x 2 Suécia |
16/07/1950 | Fase final | Brasil 1 x 2 Uruguai |
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