A Itália era a equipe a ser batida em 1938. Além de ter vencido a edição anterior da Copa, havia levado também a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Berlim, dois anos antes. E com o regime fascista aproximando-se do seu auge, conquistar o bi era questão de honra para o ditador Benito Mussolini.
Por tudo isso, a seleção italiana enfrentou também a antipatia dos torcedores franceses. Na estreia contra a Noruega, o técnico Vittorio Pozzo ordenou aos seus comandados que fizessem a saudação fascista. Mais de 10 mil torcedores presentes ao estádio Velodrome, em Marselha, vaiaram a atitude. Um ano depois começou a Segunda Guerra Mundial.
Mesmo com um elenco bastante reformulado em relação àquele que havia triunfado quatro anos antes - embora ainda fosse comandada por Pozzo e tivesse Giuseppe Meazza como craque -, a Itália não perdeu o brilho e derrubou todos os quatro adversários que cruzaram seu caminho.
O mais difícil deles foi a Noruega, rival batida na semifinal olímpica em 1936. O jogo foi praticamente uma reprise. Os italianos saíram na frente, mas cederam o empate no final e só conseguiram a vitória na prorrogação, graças a um gol de Piola. Em seguida, a Itália cruzou com a França e, apesar da pressão da torcida, não deu chances à anfitriã - venceu por 3 a 1, com mais dois gols de Piola.
Na semifinal contra o Brasil, a "Azurra" contou com a ajuda dos próprios brasileiros para conseguir a vitória. O técnico Ademar Pimenta não escalou Leônidas da Silva, principal craque do torneio até então, alegando contusão. O jogador, entretanto, teria condições de jogar a partida.
A lambança continuou em campo. Quando o Brasil já perdia por 1 a 0, Domingos da Guia agrediu o artilheiro Piola dentro da área e cedeu um pênalti aos rivais. Após receber um pontapé do italiano, o brasileiro revidou dentro da área e o juiz marcou a penalidade. Apesar dos protestos dos brasileiros, Meazza bateu com perfeição e ampliou a vantagem. No fim do jogo, Romeu ainda diminuiu para a seleção brasileira, mas não foi o suficiente para impedir a caminhada italiana rumo ao título.
O resultado de 2 a 1 acabou com a empolgação dos brasileiros, que faziam sua melhor campanha em Copas, e levou os italianos à segunda final consecutiva. Apesar de todo o clima desfavorável para a decisão, com a torcida francesa protestando nas ruas contra o fascismo, a Itália entrou em campo confiante e fez uma grande partida.
Com dois gols de Colaussi e mais dois de Piola - o melhor jogador italiano no torneio -, a "Azurra" ganhou da Hungria por 4 a 2 e se tornou a primeira seleção a levantar a taça Jules Rimet duas vezes.
"Foi como um presente dos céus saber que Leônidas não jogaria. Verdadeiro artista, malabarista da bola, era o jogador que surpreendia." Alfredo Foni, zagueiro italiano
Data | Fase | Jogos |
---|---|---|
05/06/1938 | Oitavas | Itália 2 x 1 Noruega |
12/06/1938 | Quartas | Itália 3 x 1 França |
16/06/1938 | Semifinal | Itália 2 x 1 Brasil |
19/06/1938 | Final | Itália 4 x 2 Hungria |
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