Fifa admite problemas com ingressos da Copa, mas alfineta polícia

Rodrigo Mattos

Do UOL, no Rio de Janeiro

  • AFP PHOTO/TASSO MARCELO

    Jérome Valcke e Joseph Blatter concederam entrevista coletiva no Maracanã

    Jérome Valcke e Joseph Blatter concederam entrevista coletiva no Maracanã

O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, afirmou nesta segunda-feira (14) que a Fifa luta contra a atuação de cambistas, mas sempre haverá problemas com a venda de ingressos da Copa. Foi uma resposta a uma questão feita sobre o escândalo de ingressos por conta da investigação da polícia civil que envolveu até a Match, empresa parceira da entidade.

"Primeiro, também tivemos casos (de revenda ilegal de ingressos) e prendemos pessoas na Africa do Sul. Não acho que vamos acabar com o sistema. Nós, Fifa, vendemos todos os ingressos pelo preço de face. Isso está claro. Há 3 milhões de ingressos que vão para terceiras partes, pacotes de hospitalidade. O que eles fazem com os ingressos é o que estamos lutando contra. Há regras para uso dos ingressos. Se não vão usar, eles têm que devolver. Tenho certeza de que haverá outras histórias", afirmou o dirigente.

Repetindo o discurso da federação internacional no caso, Valcke voltou a reclamar da divulgação da investigação pela polícia sobre a máfia de cambistas. A entidade queria controlar a apuração deste caso. "Foi para a imprensa antes de chegar a nós. Mas isso é outra questão", atacou o dirigente.

A Fifa tem adotado a política de defesa da Match e de seu sistema de venda de ingressos, que destinou dois terços do bilhete para o público em geral, segundo a Fifa. Inicialmente, apenas um terço dos bilhetes vai para esse público. O executivo da Match, Ray Whelan, tem decretada a sua prisão pela polícia, mas continua foragido.

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