Ao entrar na sala de imprensa do estádio Maracanã após a derrota na final para a Alemanha, neste domingo, Alejandro Sabella surpreendeu alguns jornalistas argentinos. O motivo era o que levava no pescoço. O técnico vice-campeão exibia a medalha de prata que recebeu na cerimônia após a final.

"Tradicionalmente na Argentina costuma-se tirar a medalha quando ela é de prata. Pela campanha e pelo jogo de hoje, você se orgulha?", questionou um repórter argentino.

"Esses garotos, depois de 24 anos, fizeram história chegando a uma final. Ganharam essa medalha. Não é a de ouro, mas ganharam a de prata. Deixa um sabor amargo, mas vi que eles deram tudo. Não digo que é o mais importante, mas é muito importante", respondeu Sabella.

A última final da Argentina em Copas do Mundo havia sido em 1990, quando também perderam para a Alemanha. Por isso, pelo feito de chegar à decisão e disputar até o final, Sabella acredita que os jogadores deveriam ser recebidos com orgulho no país.

"Fundamentalmente, não sei como vão receber. Acho que os jogadores merecem ser bem recebidos. Fizeram um Mundial bárbaro. Não estou na cabeça dos outros, não sei o que dizer. Eles entregaram tudo em campo e fizeram uma ótima Copa", afirmou.

Messi no Olímpio
Sabella defendeu que Lionel Messi, camisa 10 do seu time, mereceu a premiação de melhor da Copa do Mundo, que foi entregue depois da derrota para a Alemanha.

"Ele jogou um grande Mundial. Foi um fator fundamental para chegarmos onde chegamos", disse o treinador, que defendeu que o seu principal craque não precisa de uma Copa para ficar entre os maiores da história. "Ele já está no Olímpio dos grandes há tempo", defendeu.